São Luís - Moradores da rua São Francisco, na Vila Mauro Fecury I, realizaram um protesto ontem para reivindicar o asfaltamento da via. Eles afirmaram que já enviaram vários abaixo-assinados à Prefeitura de São Luís, mas ainda não tiveram suas reivindicações atendidas.
De acordo com o morador Manuel Braga, a rua São Francisco, uma das primeiras do bairro, já tem, pelo menos, 27 anos de criação. Porém, nunca recebeu asfalto. “A rua é uma montanha-russa feita de areia”, ironiza ele, referindo-se aos declives, subidas, decidas e buracos formados por pequenas erosões na rua.
A ausência de asfalto permite que a poeira levantada pelo vento invada as casas, suje móveis e eletrodomésticos e cause doenças respiratórias, principalmente nas crianças e idosos.
Mas a falta de asfalto provoca problemas ainda mais humilhantes para os moradores. Certa vez, uma moradora da rua São Francisco morreu e o carro da funerária não pôde entrar para levar o corpo. “Os homens tiveram que transportá-lo em uma maca, porque o carro não podia entrar na rua cheia de buracos. E como há dificuldade até mesmo em andar pela rua, acabou que os homens não conseguiram equilibrar a maca e o corpo da senhora caiu no chão, uma humilhação”, relatou o morador Lister Cláudio dos Santos Chaves.
Lixo
O caminhão de lixo também não trafega pelo local, o que obriga os garis a recolherem o lixo da porta das casas com um carro-de-mão. O veículo pára na entrada da rua sem saída, o pessoal da limpeza desce, recolhe o lixo, enche o carrinho e o empurra pela rua cheia de ladeiras e buracos até voltar ao caminhão.
No fim da via, há uma imensa vala. Os moradores relatam que, quando chove, o esgoto sobe pelo ralo das casas. A rua também fica toda alagada. “Quando chega época de inverno, a gente precisa usar dois sapatos: um para atravessar o rio de água e lama e outro para calçar depois que consegue chegar do outro lado”, contou Lister Chaves.
O Estado não conseguiu entrar em contato com a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur).
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