SÃO PAULO - O candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) disse neste domingo à noite, no programa eleitoral gratuito na TV, que pretende mudar as regras da Caixa Econômica Federal para construir mais casas para o "povão". Já o presidente-candidato Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou o Dia do Professor para "renovar o compromisso" de transformar a educação em prioridade nacional.
Alckmin, que homenageou os professores no programa das 13h, prometeu "investir pesado na habitação" --a maneira mais rápida, segundo ele, de impulsionar o emprego no país e de melhorar a qualidade de vida.
"Hoje a Caixa Econômica Federal praticamente só financia casa para quem ganha acima de cinco mínimos. Eu vou mudar isso. A Caixa é um patrimônio do povo brasileiro e é para o povo que ela tem de trabalhar. A Caixa vai ter de dar prioridade para quem ganha até três mínimos", afirmou o tucano, ressaltando que seu objetivo é construir casas para o "povão".
Em um recado para Minas Gerais e o Nordeste, Alckmin disse que pretende trabalhar em parceria com as Prefeituras para substituir as casas de taipa por casas de alvenaria.
"Uma parte do dinheiro tem no Orçamento. E a outra nós vamos conseguir cortando gastos do governo com viagens, passagens, estadias, os gastos com publicidade. Enfim, (vamos) cortar o desperdício, que é muito grande", disse o candidato, em uma alfinetada no governo Lula.
"O governo tem de dar o exemplo e botar o dinheiro do povo para fazer casa para o povo", acrescentou.
No final do programa, o PSDB elevou o tom das críticas, cobrando de Lula esclarecimentos sobre a quantia no valor de 1,7 milhão de reais apreendida com petistas que tentavam comprar um dossiê contra políticos tucanos.
"Lula manda no PT, Lula manda nos ministros, Lula manda na Polícia Federal. E por que será que até agora nem o Lula nem ninguém revela de onde veio o dinheiro preso com petistas para prejudicar Geraldo Alckmin", disse um locutor do programa, lembrando que faz um mês, neste domingo, que o dinheiro foi apreendido.
EDUCAÇÃO
Dedicando o programa deste domingo à Dona Terezinha, sua primeira professora, Lula aproveitou o Dia do Professor para renovar seu compromisso de transformar a educação na grande prioridade nacional nos próximos quatro anos.
"Nos últimos quatro anos avançamos em vários pontos e criamos as bases para avançar muito mais. Ao contrário do governo anterior, passamos a investir em todos os níveis de ensino, da creche à Universidade", disse Lula.
As verbas para a merenda escolar, segundo o programa petista, ficaram congeladas por dez anos, mas no atual governo tiveram um aumento de 69 por cento. Já no ensino médio, foram distribuídos 120 milhões de livros didáticos.
"Pela primeira vez os estudantes de ensino médio passaram a receber livros de graça", ressaltou Lula.
"Estamos modernizando a tecnologia de ensino. Já distribuímos 85 mil computadores e DVDs para as escolas em todas as regiões e, até o final deste ano, haverá um laboratório de informática em todas as escolas de ensino médio do Brasil", acrescentou. O programa de Lula ressaltou ainda a construção, no atual governo, de dez Universidades públicas e a implantação de um projeto que está levando 48 extensões universitárias a várias cidades do interior do país.
"Lula também criou o ProUni, um programa que já abriu as portas da Universidade para 204 mil jovens carentes", disse o programa.
"Se reeleito, meu compromisso é criar mais 300 mil bolsas do ProUni e colocar extensões universitárias e escolas técnicas em todas as cidades-pólo do país", prometeu o presidente-candidato.
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