Haddad rebate críticas de que pacote para edução é medida eleitoreira

Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 14h14

BRASÍLIA - O ministro da Educação, Fernando Haddad, rebateu às críticas de que o pacote de medidas voltadas para a educação anunciado pelo governo seja eleitoreiro. Conforme destacou, em entrevista à imprensa, o mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva só termina no dia 31 de dezembro deste ano, o que significa, na prática, que até lá, “todas as medidas que puderem ser tomadas em benefício do país serão tomadas”, sobretudo na área da educação, frisou.

“Nós temos de sair dessa situação em que você paralisa o país porque entrou no calendário eleitoral. Calendário eleitoral não vai mudar a realidade educacional. O que vai mudar a realidade educacional são medidas semelhantes as que tomamos nesta quarta feira”, disse.

Haddad, junto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou um pacote de medidas visando beneficiar a educação e valorizar a carreira de professor. Entre as novidades, a principal trata-se da isenção de juros para novos estudantes que aderirem ao Programa de Financiamento Estudantil (Fies) em cursos de licenciatura, pedagogia e cursos superiores de tecnologia e a redução dos juros de 9% para 6,5% nos demais cursos superiores.

Outra novidade que faz parte do pacote anunciado está a que vai permitir à iniciativa privada financiar pesquisas conduzidas por universidades públicas e centros tecnológicos. A medida, que será enviada ao Congresso Nacional por meio de projeto de lei, tem por objetivo estimular a produção científica nacional. Em troca, a iniciativa privada terá abatimento de parte dos recursos do Imposto de Renda.

Sobre esta medida, Haddad disse que ela vai incentivar o aumento da produção científica no Brasil, que hoje responde por apenas 2% da produção científica mundial. “Queremos produzir ciência e tecnologia no país, então é essencial que o mundo da produção participe disso. Com tal medida, estamos criando uma aproximação do mundo da produção com o mundo da produção científica, melhorando assim as condições de vida do trabalhador e as condições de competitividade do Brasil”, disse.

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