Alckimin diz que respeitará resultado das urnas caso Lula vença

Reuters

Atualizada em 27/03/2022 às 14h16

SÃO PAULO - Geraldo Alckmin, candidato da coligação PSDB-PFL à Presidência, disse nesta sexta-feira que respeitará o resultado das urnas caso o vencedor das eleições em outubro seja Luiz Inácio Lula da Silva, candidadto do PT.

"Mas é claro que eu aceito sempre o resultado das urnas. Eu tenho um grande apreço pela democracia", afirmou o tucano em entrevista à TV Bandeirantes.

Mas, acrescentou, "... quem vai ganhar as eleições é o Geraldo Alckmin (...) o povo brasileiro não vai querer perder mais quatro anos e continuar com esse mau exemplo que o governo federal está dando".

Empolgado com a repercussão do novo escândalo que envolve pessoas próximas a seu principal adversário na corrida à Presidência, o tucano não só disse que irá para o segundo turno como vencerá as eleições de outubro.

Na manhã desta sexta-feira, Lula admitiu, pela primeira vez publicamente, a possibilidade das eleições serem decididas no segundo turno e ainda acusou a oposição de não aceitar o jogo democrático eleitoral.

A última pesquisa Ibope, divulgada na quinta-feira, mostra que o vencedor ainda seria Lula, no primeiro turno. O petista aparece com 49 por cento das intençõrs de voto, enquanto o tucano aparece com 30 por cento.

Na entrevista à TV, Alckmin chamou o governo do presidente Lula de autoritário e disse que o mensalão (compra de votos de parlamentares no Congresso) nada mais é do que "o Executivo querendo comprar o Legislativo", submetendo um poder a outro poder.

"O que é o 'valerioduto', o que é o 'sanguessugas', o que são esses roubos nos Correios, na Petrobras (...) dinheiro que some ou secou (...) e agora o dossiê (Serra)", indagou Alckmin, em resposta às acusações de Lula, durante encontro com prefeitos em Brasília, onde teria afirmado que a "elite estaria tentando apeá-lo do poder à força".

Orientado por sua equipe de campanha a elevar o tom das críticas para manter o episódio do "dossiê Serra" na pauta diária da imprensa e não deixar o assunto esfriar a menos de dez dias da eleição, Alckmim passou a acusar o governo ainda em tom mais carregado.

"Aliás, toda vez que se faz o aparelhamento do governo, se leva à ineficiência e se leva à corrupção. Exatamente o que está aí, a turma do presidente, a turma do Lula (...) não é um governo republicano, é o governo da patota, e quem paga a conta é o Brasil", atirou o tucano.

Um tanto constrangidos com os ataques ao presidente-candidato, os entrevistadores mudaram imediatamente as perguntas e passaram a abordar temas sobre o Brasil.

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