Senador João Alberto protesta contra taxas de juros e lucros dos bancos

Agência Senado

Atualizada em 27/03/2022 às 14h17

BRASÍLIA - O senador João Alberto Souza (PMDB) se disse chocado com a liberdade com que os bancos definem e reajustam tarifas à revelia dos interesses dos correntistas. Os "lucros espetaculares" atribuídos às instituições bancárias pela imprensa, em 2005, também reforçaram sua convicção de que o Brasil se transformou em paraíso dos bancos.

Segundo dados do Banco Central, citados pelo parlamentar em Plenário nesta terça-feira (29), os lucros dos 50 maiores bancos em operação no Brasil teriam crescido 36,5% em 2005. Só os dez maiores estabelecimentos bancários teriam acumulado, entre janeiro de 2003 e junho de 2006, lucros superiores a R$ 23,5 bilhões.

- Esse discurso não é um libelo contra o lucro dos bancos, mas é preciso que o Congresso assuma a responsabilidade de reequilibrar o relacionamento entre os cidadãos e os bancos - afirmou.

As críticas de João Alberto também alcançaram as taxas de juros cobradas no país. De acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil cobra os juros anuais mais altos (44,7%) entre os 107 países pesquisados.

- Até o Haiti pratica uma taxa de juros menor que a brasileira: 13,1% ao ano - comparou.

Em aparte, o senador Paulo Paim (PT-RS) deu respaldo ao protesto do peemedebista contra os juros altos e supostos abusos praticados pelo sistema financeiro. João Alberto informou já ter apresentado projetos de lei para simplificar as regras bancárias e punir eventuais excessos cometidos pelos bancos, mas disse que nenhum deles prosperou.

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