Crimes do mototaxista

Emoção no enterro da família 'dos Inocentes'

A tragédia aconteceu em duas casas localizadas em frente à praça Marechal Lott, no Retiro Natal.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 14h23

SÃO LUÍS - Em todos os bairros da capital maranhense o assunto era o mesmo: a chacina da família "Inocente", praticada pelo mototaxista Waldimar Lindoso, que matou, além do próprio filho, a ex-esposa, Hellen Rose Matos dos Inocentes, os pais dela e uma irmã dela.

A tragédia aconteceu em duas casas localizadas em frente à praça Marechal Lott, no Retiro Natal.

A repercussão foi tamanha que o jornal O Estado do Maranhão teve todos os seus exemplares vendidos até às 9h da manhã de hoje. Em todas as bancas, curiosos procuravam informações sobre o crime e procuravam entender os motivos que levaram a esta tragédia.

Os corpos estão sendo velados na capela do Hospital Português e os enterros acontecerão no cemitério da Vila Paraíso, na área da Vila Embratel. Amigos, vizinhos e pessoas que passam na rua do velório ficam emocionadas depois de olharem as vítimas.

A principal testemunha dos crimes, Eliane Roseli dos Inocentes, 24 anos, foi ferida com um tiro a boca e luta pela vida em um hospital de São Luís. Waldimar feriu uma das mãos enquanto realizava a matança e foi preso quando recebia atendimento no hospital Socorrão II.

Revolta

A brutalidade do crime revoltou até os presos do 1º DP-Centro, para onde Waldimar foi levado. Por motivo de segurança, ele teve quer transferido para o 11º DP-São Cristovão para não ser linchado.

Segundo a Superintendência de Polícia da Capital, ele teve que ser transferido para outra carceragem não divulgada para evitar que uma nova tentativa de linchamento fosse realizada.

Crime caracterizado

Waldimar foi autuado em flagrante no Plantão Central, levado para o 1º DP-Centro, mas quem vai conduzir o inquérito policial vai ser o 8º DP-Liberdade, conforme explica o delegado Pierson Rodridues.

- O inquérito vai ser conduzido dentro do prazo legal para a conclusão, que é de dez dias. Devido o crime não ter tido grande comoção, ninguém quis depor, mas vamos intimar algumas pessoas nos próximos dias - explicou.

O delegado disse ainda que o depoimento chave é o de Eliane dos Inocentes, que está em estado grave e cujo testemunho pode ser feito apenas no inquérito judicial.

Para Pierson, o crime de homicídio duplamente qualificado é caracterizado como hediondo e a soma das acusações pode chegar a uma pena de até 170 anos de reclusão.

- O processo tem provas suficientes do crime, haja vista que foi encontrada a arma do crime, que é uma prova bem substancial - disse.

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