SÃO LUÍS - O inquérito que investiga a morte do prefeito de Buriti Bravo, João Henrique Leocádio, ocorrido dia 10 de março do ano passado, tem agora novo comando.
Ontem, o secretário de Segurança Raimundo Cutrim decidiu nomear o delegado Paulo Márcio Tavares, atualmente titular da delegacia Regional de Santa Inês, em substituição ao delegado Hagamenon Azevedo.
Segundo Cutrim, Hagamenon Azevedo, que presidiu as investigações até quarta-feira, deve assumir ainda hoje a delegacia regional de Imperatriz, para onde havia sido nomeado há cerca de 90 dias.
“Ele deve assumir logo devido à pressão de Imperatriz, para que a autoridade efetiva assuma a titularidade da delegacia regional”, explicou o secretário.
O secretário informou que Hagamenon concluiu a investigação com relação à autoria direta do crime, culminando com as prisões de Antônio Marcos Alves de Sousa, o Marcão, e Itamar Costa da Silva.
Paulo Márcio Tavares, por sua vez, ficará responsável pela investigação da autoria indireta do assassinato, ou seja, terá como incumbência a elucidação do mandante da morte de João Leocádio.
O delegado, que teve importante trabalho na Secretaria de Segurança Pública na investigação do crime organizado no Maranhão, e que posteriormente atuou como chefe de gabinete do secretário, assumiu a Delegacia Regional de Santa Inês no segundo semestre do ano passado.
Inquérito
Raimundo Cutrim, que negou ter recebido um laudo conclusivo sobre o caso, determinou a instauração imediata de inquérito administrativo e policial para apurar o procedimento do perito criminal Hilton Ribeiro.
Para tanto, ele indicou o delegado Ronilson Moura para presidir a investigação.
Segundo o secretário de Segurança, o perito utilizou documentos e fotos que faziam parte do inquérito sobre a morte de João Leocádio, que tramita em segredo de Justiça, para divulgar estudo, o que constitui infração grave.
Com relação à informação de que Hilton Ribeiro não havia sido notificado sobre o segredo de Justiça, Raimundo Cutrim alegou que o perito não tem que ser notificado.
“Nenhum perito tem autorização para divulgar fatos. Deve concluir e encaminhar os laudos”, frisou, lembrando que, se há dúvidas sobre os fatos, estas devem ser tiradas pelos médicos legistas, uma vez que perito não tem conhecimento para fazer laudo de exumação.
Ontem, o advogado Petrônio Alves, em nome dos familiares de João Leocádio, se solidarizou com o perito Hilton Alves, a exemplo do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol).
Petrônio Alves, que acompanha a investigação como advogado da família Leocádio, se colocou à disposição do perito, caso ele não tenha apoio jurídico. Segundo o advogado, o perito deu grande contribuição para a elucidação do crime.
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