Queimadas: aumentam focos em na capital maranhense

Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 14h32

SÃO LUÍS - O Corpo de Bombeiros debelou mais de 170 focos de incêndio em área de vegetação na capital, de outubro até ontem.

O número de ocorrências é considerado elevado pela corporação e, ainda assim, não traduz a realidade do problema, uma vez que há inúmeros chamados, os quais os bombeiros não conseguem atender.

Diariamente, são feitas, em média, 18 chamadas.

Segundo o capitão Carlos Mendes, muitas queimadas ocorrem ao mesmo tempo e em localidades diferentes. Ele lembrou que um dos últimos incêndios dessa natureza destruiu mais de três hectares de vegetação na Vila 25 de Maio, no bairro Vinhais.

O capitão revelou que em São Luís os incêndios ocorrem normalmente entre o meio-dia e às 16h.

Para ele, as ocorrências têm aumentado neste período do ano em função da elevação da temperatura e por descuido de pessoas que residem em sítios e daquelas que fazem limpeza de terrenos baldios, queimando lixo.

O capitão disse ainda que o problema ocorre também com freqüência no interior do Maranhão.

“A situação é tão grave que, atualmente, o estado é um dos que mais são atingidos pelas queimadas, com mais de 400 pontos de calor, perdendo apenas para o Pará, que ocupa a primeira colocação”, disse o capitão.

Carlos Mendes fez um alerta aos proprietários de sítios para evitarem as queimadas. Ele disse que, para conservar os sítios limpos, as pessoas devem reservar uma determinada parte de sua propriedade para receber o material orgânico morto, que, com o tempo, se decomporá e servirá até de adubo, para fertilização da área.

“Isso será bom, inclusive para a saúde das crianças, porque nesse período os hospitais ficam cheios de pessoas com problemas respiratórios”, disse o tenente.

O período crítico, segundo ele, começa em agosto e termina em meados de dezembro. O problema é amenizado por uma guarnição específica, que cuida das ocorrências.

“Por dia, há uma média de 18 chamados e o trabalho é realizado por 30 homens”, afirmou.

O problema das queimadas é tão sério que entidades engajadas à proteção do meio ambiente já estão se mobilizando para reverter esse quadro. Um exemplo é a Biomangue, cujo presidente, César Roberto, deverá se reunir com a Promotoria do Meio Ambiente, para pedir providências, como, por exemplo, a ocupação de áreas que estão sendo atingidas por queimadas.

“Nós pediremos à Promotoria do Meio Ambiente que intervenha junto à Prefeitura para transformar áreas desocupadas em parques, por exemplo, pois, uma vez ocupadas, poderemos controlar as queimadas. Isso pode fazer a diferença e é uma idéia simples, que pode dar certo”, disse César Roberto.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.