BRASÍLIA – Termina nesta sexta-feira, a missão internacional Campanha de Grandes Balões na Região Equatorial (ELBC), que coletou dados atmosféricos a partir de uma plataforma localizada em Timon, no Maranhão. Desde 1º de junho, uma equipe formada por cientistas brasileiros, franceses, alemães e italianos foi responsável pelos lançamentos de dez balões estratosféricos, que recolheram dados para estudar o mecanismo das alterações climáticas na Terra.
"O objetivo principal dessa missão é coletar medidas da química da atmosfera na região equatorial brasileira para entendermos melhor o mecanismo de transporte de ozônio e de outros gases", explica a chefe do setor de balões estratosféricos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e coordenadora da equipe brasileira da missão, Elisete Rinke dos Santos.
O aeroporto particular desativado Domingos Rego, no Maranhão, foi escolhido como base para o lançamento dos balões por oferecer a infra-estrutura necessária e estar situado na região equatorial do globo terrestre. Os cientistas decidiram utilizar como método de lançamento dos balões o método estático, muito utilizado pelos franceses.
O método utiliza um balão auxiliar que mantém a carga útil suspensa até o momento do lançamento e, por isso, possibilita o lançamento de balões de grande porte em pistas menores do que as exigidas pelo método atualmente empregado pelo Inpe.
Missões parecidas são mais comumente realizadas na região sul do Brasil, devido à localização do buraco na camada de ozônio. Mas, para a coordenadora Elisete Rinke dos Santos, a missão de Timon é especialmente importante porque o buraco tem atingido cada vez mais a região equatorial.
"A missão de Timon é especialmente importante porque até hoje foram feitos poucos estudos na região equatorial brasileira sobre o ozônio e outros gases constituintes da estratosfera", explica a coordenadora da missão.
A missão foi executada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), unidade vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, em parceria com o Centro Nacional de Estudos Espaciais da França (Cnes).
"Essa parceria, além de possibilitar pesquisas que ainda não foram feitas, traz benefícios de uma forma geral para toda a comunidade científica internacional", afirma Elisete Rinke dos Santos. As amostras dos gases coletados serão analisadas em laboratórios dos países participantes.
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