Referendo sobre lei de fecundação na Itália tem baixo comparecimento

Agências Internacionais

Atualizada em 27/03/2022 às 14h43

ROMA - O referendo na Itália sobre os limites da lei da fecundação assistida teve um comparecimento de apenas 18% neste domingo, o primeiro da votação, que continua nesta segunda-feira.

Este número indica que o referendo não deve alcançar o número mínimo para ser válido, de 50% dos 50 milhões de italianos aptos a votar. A votação no primeiro dia teria que ser de 35% para que o referendo tivesse chance de ser válido.

A lei, aprovada em 2004 pelo Parlamento, é considerada a mais restritiva da Europa. Proíbe pesquisas com células-tronco, doação de sêmen e óvulos a terceiros, limita a três o número de embriões que podem ser fecundados em método assistido e equipara os direitos do embrião ao de uma pessoa nascida.

A Igreja católica será a principal vitoriosa se o referendo não for válido e a lei for mantida. O Vaticano defendeu a abstenção, o que os italianos fizeram neste domingo. Nos últimos cinco referendos realizados no país sobre temas diversos não foi alcançado o quorum exigido.

As zonas eleitorais estarão abertas nesta segunda-feira, de 7h (11h em Brasília) às 15h. O Supremo Tribunal italiano não autorizou que o referendo seja em torno de um pronunciamento global sobre a lei, mas determinou que fossem feitas quatro perguntas concretas sobre aspectos normativos de cada item da lei. Assim, cada eleitor deve depositar quatro papeletas nas urnas.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.