Ciops define bairros mais violentos de São Luís

A pesquisa foi feita entre os dias 4 de abril e 4 de maio deste ano.

Jornal O Estado do MA

Atualizada em 27/03/2022 às 14h46

SÃO LUÍS - As áreas norte e oeste de São Luís, onde estão situados bairros como São Francisco, Ilhinha, Cohab, Centro, Liberdade, João Paulo e Bairro de Fátima, são as mais violentas da Ilha. É o que mostra um levantamento feito pelo Centro de Operações Policiais de Segurança (Ciops), referente à criminalidade na região metropolitana, tomando, para efeito de amostragem, o período entre 4 de abril e 4 de maio deste ano.

Estatísticas da Superintendência de Polícia Civil da Capital acusam ainda a ocorrência de 96 homicídios dolosos em São Luís nos primeiros quatro meses de 2005.

As áreas norte e oeste empatam no percentual de ocorrências registradas pelo Ciops no referido período. Ambas as regiões contabilizam 28,5% do total de chamadas endereçadas à unidade. A área leste vem logo em seguida no ranking da violência em São Luís, com 25% das ocorrências registradas.

Na última posição está a área sul, com 17%, de acordo com as estatísticas. O bairro campeão em número de ocorrências entre 4 de abril e 4 de maio foi o Centro, palco de 708 ações policiais, o que resulta em uma média superior a 23 registros diários. A principal razão do elevado índice de criminalidade é o fato de a área ser o núcleo mais movimentado do comércio da Ilha e, por conta disso, ser palco freqüente de furtos, roubos, agressões físicas, ameaças, entre diversas outras modalidades de ocorrências.

Ocorrências

O Bairro de Fátima, com 273 ocorrências registradas no período citado, é outro núcleo habitacional onde o índice de criminalidade preocupa. A escalada da violência na Liberdade, que, assim como o Bairro de Fátima, pertence à área oeste, é outro problema que a polícia tem se esforçado para resolver, sem que haja uma resposta satisfatória. No bairro, foram contabilizadas 237 ocorrências no período utilizado para amostragem.

Na área norte, destaca-se o São Francisco, com 322 atendimentos feitos por intermédio do Ciops.

Mesmo não fazendo parte das áreas de maior índice de violência, alguns bairros, de forma isolada, também destacam-se negativamente pela quantidade de crimes testemunhados por suas comunidades. Um deles é a Cidade Operária, na área leste, onde foram registradas 448 ocorrências. Na mesma região, sobressaem-se ainda Maiobão, com 356 ocorrências, e Coroadinho, com 242. Vila Embratel e Anjo da Guarda, ambos pertencentes à área sul, registraram, respectivamente, 348 e 219 atendimentos.

O número de ocorrências registradas pelo Ciops varia durante a semana. De segunda a sexta, são atendidas, em média, 400 solicitações a cada 24 horas. Aos sábados, a quantidade de ocorrências dobra. Mas o ápice da demanda ocorre aos domingos, quando o efetivo policial empregado nesse dia chega a atender a 1.200 chamados feitos à central.

Informações

O diretor do Ciops e chefe da Assessoria de Planejamento da Secretaria de Segurança Pública, coronel José Ribamar Machado Rodrigues, observa que as informações geradas pelo Ciops são de grande valia para que as autoridades do setor de segurança possam intervir nas regiões onde a escalada da violência ocorre de maneira mais vertiginosa.

“Além de agilizar o atendimento, o Ciops é uma importante ferramenta para que a polícia saiba quais comunidades estão mais carentes em termos de segurança”, assinala, acrescentando que as estatísticas são apresentadas em reuniões semanais, nas quais é traçado o planejamento de ações para a semana seguinte.

Machado cita a elevada quantidade de trotes como um dos principais empecilhos para que a central tenha uma atuação ainda mais eficiente. Na última sexta-feira, 36,66% das ligações endereçadas à unidade foram dessa natureza.

Houve ainda 22,85% de ligações erradas, 19,64% de pedidos de informações e apenas 20,85% de chamadas efetivamente atendidas.

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