Pai de Brito Júnior desabafa em entrevista à TV Mirante

O pai de Brito Jr. disse que nunca se conformou com o resultado das investigações sobre a morte do filho.

TV Mirante e Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 14h53

SÃO LUÍS - Cinco anos depois das investigações do Ministério Público, ex-deputado José Gerardo, José Rodrigues, Airton Gondim Feitosa e o médico Badan Palhares vão ser interrogados pela justiça. A audiência está marcada para o dia 10 de fevereiro.

Na tarde de hoje a TV Mirante transmitiu o desabafo guardado por quase dezessete anos do pai de Brito Jr. que nunca se conformou com o resultado das investigações sobre a morte do filho.

Brito Júnior tinha 13 anos. Desapareceu num domingo, numa praia em São Luís e teve o corpo encontrado 4 dias depois em Alcântara. Na época, os médicos atestaram que aquele corpo encontrado era de Brito Júnior.

O legista Badan Palhares, que acompanhou o caso, levou as ossadas para São Paulo para que fosse feito o DNA. Logo depois veio a surpresa: o novo laudo negava que a ossada era do adolescente.

Em 99, durante a CPI do crime organizado, Badan Palhares foi apontado como suspeito de emitir laudos falsos para beneficiar criminosos. A polícia descobriu que o médico legista - considerado um dos melhores do país - havia trocado a ossada. A que foi submetida ao teste de DNA pertencia na verdade a um adulto com mais de 40 anos.

Na época da morte de Brito Júnior, o pai dele trabalhava num Banco que havia negado um empréstimo ao então Deputado Estadual José Gerardo. Levantou-se, então, a suspeita de que o adolescente teria sido assassinado por vingança. Um dos mandantes do crime seria o ex-deputado.

O pai do menino Brito Júnior disse que lembra de cada detalhe das investigações, de quando o dentista da família reconheceu o corpo de Brito Júnior e de que foi o próprio Badan Palhares que atestou que era um caso de assassinato.

O Ministério Público investigou o caso durante 5 anos. Agora a denúncia foi encaminhada à justiça. O médico Badan Palhares vai responder a processo por quatro crimes: formação de quadrilha, falsidade ideológica, fraude processual e perivicação, crime cometido por funcionário público.

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