SÃO LUÍS - A Justiça de São Bento anulou cerca de 2.200 títulos eleitorais devido à suspeita de que seriam usados para fraudar as eleições naquele município. A decisão é do juiz Ernesto Guimarães, atendendo a uma representação da coligação “São Bento Livre”, composta por PSB, PMDB, PRTB, PT, PTB, PPS e PSC.
A coligação, por intermédio de seus advogados, está fazendo novo pedido à Justiça para que sejam anulados mais 1.500 títulos na cidade. O representante da coligação, Luís Rodrigues Martins, alega que muitas transferências de eleitores para cidade foram feitas de forma irregular.
Segundo ele, documentos utilizados por eleitores para atestar residência no município são inconsistentes. Muitos deles apresentaram como comprovantes de residência endereços de lojas, ficha de uso interno do hospital da cidade, cartão de saúde da criança e até notas promissórias rasuradas.
Comprovantes
Somente com a utilização de uma nota fiscal das Lojas Nordestinas teriam sido transferidos 11 títulos. Foi verificado que a nota da empresa, com a mesma numeração de série (nº 4798) e mesmo valor de compra (R$ 414,00) para a mesma destinatária, “comprovam” o endereço de 11 eleitores diferentes.
“Os mesmos procedimentos foram adotados em Bacurituba, Peri-Mirim e Palmeirândia, com a uso dos mesmos documentos, tais como: fichas cadastrais do hospital São Sebastião da Prefeitura de São Bento, da Secretaria Municipal de Saúde e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, com informações precárias quanto à indicação ao local de moradia do associado”, diz a representação.
A coligação “São Bento Livre” pretende também ajuizar no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) um pedido para que, além do título de eleitor, seja utilizada a carteira de identidade durante a votação no próximo dia 3 de outubro.
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