RECIFE – Quando abriu o primeiro debate entre os candidatos à Prefeitura do Recife, o mediador, o jornalista Francisco José, disse que a idéia era poder mostrar à população as propostas que cada candidato tinha para a Cidade. Apesar do pedido, os planos de governo perderam espaços para as críticas e acusações e acabaram ficando em segundo plano. Entretanto, os cinco candidatos, João Paulo (PT), Joaquim Francisco (PTB), Carlos Eduardo Cadoca (PMDB), Raul Jungmann (PPS) e Sílvio Costa (PMN) falaram sobre temas como violência, desemprego, pobreza, transporte, educação, saúde e outros.
O atual prefeito do Recife, João Paulo, usou o tempo para falar das ações e obras promovidas durante sua gestão. O petista ressaltou o orçamento participativo na sua administração, que, segundo ele, serviu como referência nacional. João Paulo falou ainda sobre o programa Bolsa Escola municipal que, segundo afirma, é o que melhor paga no País – R$ 130 por aluno. A contratação de 2 mil professores também mereceu destaque.
O deputado federal Joaquim Francisco voltou a falar sobre a criação de uma secretaria municipal para atuar na área de segurança. O petebista rememorou ainda obras de suas gestões anteriores, como a criação de parques, que, segundo ele, possibilitou a criação do projeto Academia da Cidade pela atual administração, afirmando que daria continuidade ao programa.
O candidato jarbista, Carlos Eduardo Cadoca, se defendeu da acusação de ser um “mandarim festeiro”, feita por Joaquim, e disse que o Recifolia, o carnaval fora de época da cidade, era um evento importante para o desenvolvimento econômico. Na maior parte do tempo, Cadoca se defendeu da artilharia de Joaquim e de Sílvio Costa.
Já o candidato do PMN, o deputado estadual Sílvio Costa, usou a maior parte do tempo para bater em nos adversários. Apenas nos últimos blocos do debate, Costa lançou propostas para a Cidade. Ele afirmou que irá pôr em prática a construção das 40 mil casas prometidas por João Paulo durante a campanha anterior, numa área do bairro de Dois Irmãos, conhecida por Engenho dos Macacos. O local, segundo Costa, tem 774 hectares. No final, lançou um desafio para os outros candidatos irem conhecer o local, e confirmar que o projeto é viável.
O deputado federal Raul Jungmann fez questão de frisar a importância de uma ação metropolitana para se solucionar problemas como violência, desemprego e pobreza. Ele sugeriu uma ação conjunta entre os governos Federal, Estadual e Municipal para combater essas deficiências, sugerindo, ainda, a criação de um fundo para arrecadar recursos. O candidato do PPS defendeu também a municipalização do combate à violência e propôs que os pequenos delitos fossem de responsabilidade da Guarda Municipal, que, segundo ele, deveria ser armada.
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