Dólar fecha em alta de 0,41%, cotado a R$ 2,932

Globo On Line

Atualizada em 27/03/2022 às 15h08

SÃO PAULO - O clima de incerteza e cautela fez o dólar comercial fechar hoje em alta de 0,41%, cotado a R$ 2,930 na compra e R$ 2,932 na venda. A quinta-feira foi de poucas notícias, mas o ambiente especulativo da véspera não foi totalmente dissipado. Os juros dos títulos americanos voltaram a subir e prejudicaram o desempenho dos papéis da dívida brasileira. O C-Bond, principal deles, caía 0,57% no final da tarde, cotado a 97,56% do seu valor de face. O risco-país avançava 15 pontos, para 534 pontos-base.

O mercado já amanheceu de mal humorado, ainda repercutindo o estresse causado pelos boatos sobre a permanência de Henrique Meirelles à frente do Banco Central. A especulação teria tido origem em um banco de investimentos americano e se espalhou rapidamente, causando estragos principalmente no mercado de ações. Depois dos desmentidos oficiais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu com bom humor às perguntas sobre a reação do mercado, minimizando a questão.

Ainda assim, persistem as especulações sobre as diferenças de discurso entre integrantes da equipe econômica e ministerial. O principal temor dos investidores é de que se forme um ambiente de constantes boatos, que freqüentemente geram alta volatilidade nos mercados. Para não contribuir com a pressão sobre o dólar, o Banco Central voltou a se ausentar, deixando de adquirir recursos no mercado à vista.

- O mercado está tenso outra vez, mas a taxa do dólar ainda está barata. Apesar de o BC negar que esteja balizando as cotações, já está claro que R$ 2,90 é o piso do dólar. A instituição decidiu não renegociar a dívida de US$ 1,1 bilhão que vence no dia 11, o que considero muito positivo - disse João Medeiros, diretor da corretora Pioneer.

As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) tiveram oscilações discretas nesta quinta-feira, acompanhando o clima cauteloso dos mercados. As projeções mais curtas sinalizaram leve baixa, enquanto as mais longas se ajustaram levemente para cima.

O Depósito Interfinanceiro (DI) de março, que projeta a taxa Selic de fevereiro, fechou com taxa de 16,18% ao ano, contra 16,20% do fechamento de ontem. O vencimento de julho passou de 15,94% para 15,95% anuais. Já o vencimento de janeiro, o mais negociado, subiu de 15,54% para 15,57% anuais.

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