MILÃO - Um dramático acontecimento marcou nesta sexta-feira o escândalo da Parmalat e chocou a Itália. Um dos contadores da matriz da multinacional, Alessandro Bassi, foi encontrado morto. Segundo a polícia, ele provavelmente se suicidou ao se jogar de uma ponte nas proximidades de Parma. Bassi, 42 anos, era um dos principais colaboradores de Fausto Tonna, ex-diretor financeiro da Parmalat, que é apontado como o cérebro das operações fraudulentas que levaram a empresa à bancarrota.

Segundo o site do jornal "Corriere della Sera", Bassi era um importante funcionário administrativo da área de contabilidade e chegou a ser ouvido, no último dia 20, por um dos magistrados responsáveis pelas investigações de fraudes na Parmalat. Na ocasião, o magistrado deixou claro que Bassi não estava sendo indiciado, mas que "o contador foi ouvido como pessoa informada dos fatos".

A polícia italiana espera o resultado da autópsia para confirmar a tese de suicídio.

Dois outros magistrados que acompanham o caso disseram que, apesar das pressões provocadas pelo escândalo na Parmalat, aparentemente Bassi "não teria um motivo" para cometer suicídio. O contador deixou mulher e dois filhos.

Por sua vez, um dos advogados de defesa de Tonna, Giovanni Ponti, afirmou que "trata-se de um suicídio inexplicável" e que o fato não deve ser levado em conta no inquérito. Ponti, no entanto, disse que "não se pode negar a coincidência com o inquérito em curso".

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