Hitler teria se refugiado na Patagônia argentina, diz livro

Reuters

Atualizada em 27/03/2022 às 15h10

BUENOS AIRES - Adolf Hitler viveu na Patagônia depois de ter fugido em 1945 da Alemanha, garante o jornalista argentino Abel Basti em um livro no qual, com o estilo de um guia turístico, ele revela os lugares ao pé da cordilheira dos Andes que serviram de refúgio para vários ex-hierarcas nazistas.

Hitler e sua amante Eva Braun "não se suicidaram, fugiram até a costa argentina em um submarino e viveram muitos anos nas proximidades de San Carlos de Bariloche (cerca de 1.350 quilômetros a sudoeste de Buenos Aires)", disse o jornalista em uma entrevista à EFE.

Em seu livro "Bariloche Nazista - Guia Turístico", que será lançado na próxima semana na Argentina, Basti reproduz documentos, testemunhos, fotografias e mapas para guiar o leitor (ou o turista) até os locais onde Hitler, Martin Borman, Joseph Mengele e Adolf Eichmann teriam se refugiado.

O autor se esquiva quando questionado se sua obra desafia a história oficial sobre o suicídio de Hitler e Eva Braun, ocorrido quando as tropas aliadas chegaram em Berlim. Ele argumenta que os corpos do Führer e de sua amante "nunca foram encontrados, assim como o de muitos outros nazistas que teriam cometido suicídio".

"A única história oficial é o relatório ao Kremlin do general Jukov (comandante do Exército soviético que ocupou Berlim), segundo o qual Hitler e vários chefes nazistas escaparam, supostamente para a Espanha ou Argentina", insistiu em tom polêmico.

O jornalista, que trabalhou em várias investigações sobre os nazistas para a televisão européia, ressalta que Hitler também viveu, durante sua passagem pela Argentina, na fazenda San Ramón, dez quilômetros ao leste de Bariloche, na época uma propriedade do principado alemão de Schaumburg-Lippe.

"Há muitas e indubitáveis provas da fuga de nazistas para a Argentina, coincidindo com a chegada de submarinos alemães à Patagônia", frisou, lembrando o "vital apoio" dado pelo então Governo argentino presidido por Perón "para refugiar no país os seguidores do Führer".

O livro, que também terá um site (www.barilochenazi.com.ar), começa com a história do ex-capitão das temidas SS Erich Priebke, extraditado da Argentina para a Itália na década passada por sua responsabilidade no fuzilamento de mais de 300 pessoas.

Priebke, que presidiu em Bariloche a "Associação Cultural Germano-Argentina", foi a ponta do iceberg da investigação de Basti para descrever uma complexa trama de empresas e instituições criadas no país para esconder a fuga dos nazistas.

O jornalista também conta em seu livro "a história oficial" sobre as mortes de Martin Borman, o segundo na hierarquia nazista depois de Hitler, e do médico Joseph Mengele, reproduzindo testemunhos e fotografias que mostram a passagem destes dois pela Argentina.

Basti mora em Bariloche e iniciou há uma década sua pesquisa sobre a estada de nazistas nessa pitoresca cidade.

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