Vírus ataca usuários de bancos on-line

CNN

Atualizada em 27/03/2022 às 15h29

Usuários de computador estão sendo alertados sobre um vírus que permite que hackers roubem números de cartões de crédito em outros dados de quem usa serviços bancários on-line.

O vírus BugBear, também conhecido como Tanat, já deve ter afetado, segundo estimativas de especialistas, 99 mil endereços de e-mail, cerca de 65 mil pessoas, e está perto de se tornar um dos maiores vírus de e-mail já existentes.

O vírus chega como um e-mail e já se espalhou para 100 países, incluindo Estados Unidos, Grã-Bretanha, Austrália, Polônia, Finlândia e Índia, desde o último domingo.

A praga virtual é particularmente eficiente no acesso a detalhes bancários on-line e consegue burlar firewalls de segurança.

O bug aparece sob 50 diferentes disfarces, o que torna sua detecção ainda mais difícil. Entre os assuntos do e-mail portador do vírus podem estar as expressões: Market Update Report, Sponsors Needed, Your Gift, Your News Alert, Scam Alert e Membership Confirmation.

O vírus também consegue mudar constantemente suas características - como, por exemplo, alterando o nome do remetente.

Alex Shipp, especialista em combater vírus de computador na Grã-Bretanha, onde trabalha para a firma MessageLabs, disse nesta sexta-feira à CNN: "Ele começou muito lentamente, mas está crescendo depressa e parece estar se espalhando na mesma taxa do vírus Klez, que se tornou o maior já existente".

Uma forma de tentar detectar o vírus é olhar sempre o tamanho do arquivo anexado no e-mail. O BugBear tem cerca de 50.688 bytes.

Acredita-se que o vírus seja originário da Malásia, embora "ciberdetetives" do país neguem. O vírus permite que os hackers rastreiem computadores e acessem detalhes bancários e senhas que são digitadas depois de sua instalação.

A MessageLabs, que escaneia cerca de 10 milhões de e-mails por dia, estima que uma em cada 260 mensagens contenha o vírus. O BugBear está perto de igualar a devastação causada pelo vírus Klez, que afetou 2,5 milhões de cópias.

Mark Sunner, também da MessageLabs, diz que o BugBear desabilita programas antivírus e permite que as pessoas acrescentem ou deletem arquivos de computadores.

O vírus consegue se espalhar produzindo cópias de si mesmo em pastas ou redes compartilhadas, normalmente usadas em grandes empresas. O BugBear fica anexado a artigos do disco rígido de algum usuário e em mensagens no idioma nativo do mesmo.

Segundo Vincent Gullotto, vice-presidente da equipe antivírus da empresa Network Associates, o BugBear se aproveita de uma conhecida vulnerabilidade no navegador Internet Explorer, da Microsoft.

A MessageLabs e os bancos on-line não relataram até agora nenhuma retirada suspeita de contas correntes, mas a empresa alerta que os hackers conhecem essa capacidade do vírus.

Os bancos on-line afirmam que programas antivírus gratuitos que tenham sido atualizados podem conter o BugBear. Algumas instituições financeiras on-line já ofereceram a seus clientes uma garantia contra fraude.

Alex Shipp recomenda que os usuários de computadores atualizem seus programas antivírus para evitar o BugBear. Também vale a pena atualizar versões mais antigas do Outlook Express e é sempre prudente não abrir qualquer e-mail suspeito.

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