A renúncia de Roberto Rocha repercutiu ontem mesmo nos programas eleitorais dos outros candidatos da oposição. Ricardo Murad (PSB), Raimundo Monteiro (PT) e Marcos Silva (PSTU) reafirmaram suas candidaturas e criticaram o acordo entre o PSDB e o PDT.
O candidato do PSB, Ricardo Murad, chamou o acordo entre Jackson e Rocha de “conchavo” e disse que o ex-prefeito de São Luís estaria por trás do indeferimento da sua candidatura no TSE. “Isto já é parte do acordo. O ministro Nelson Jobim, ligado a José Serra, comandou pessoalmente a votação. Tudo para influenciar nas eleições do Maranhão.
Jackson, que é do partido de Ciro Gomes, apoiará Serra por debaixo dos panos”, revelou Murad.
Segundo Ricardo Murad, as eleições presidenciais estariam por trás da desistência de Roberto Rocha. “É mais uma tentativa de atingir a candidatura de Anthony Garotinho, que é forte, principalmente no Maranhão”. Para Murad, ao aceitar apoiar Serra “por debaixo dos panos”, Jackson Lago comete traição contra Ciro Gomes.
Cassação – Prometendo “revelar os bastidores do julgamento da sua candidatura no TSE, Ricardo Murad contou que o ministro Nelson Jobim (presidente do tribunal) chegou desde cedo a Brasília “e fez questão de antecipar seu voto”.
Segundo o deputado, foi uma forma de influenciar os outros juízes. “Tudo isto articulado por José Serra, que garantiria o apoio de Jackson Lago com a renúncia de Roberto Rocha”, acredita o candidato.
O deputado reafirmou que continuará na disputa pelo Governo do Estado e garantiu que vencerá no Supremo Tribunal Federal. “Nós já recorremos ao STF e temos convicção de que venceremos, porque o julgamento no TSE foi um julgamento político”, disse. E conclamou: “Vamos continuar na disputa.
Garotinho já está em segundo lugar e vai para o segundo turno. E o Ricardo é o candidato que mais cresce no Maranhão”, completou.
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