Até o final de dezembro, o Corpo de Bombeiros Militar (CBM) estima que terá de combater cerca de 1.500 focos de queimada em áreas florestais da Ilha de São Luís. As previsões correspondem ao período de agosto a dezembro e indicam que nesse período deverá ser atendida uma média de 16 ocorrências por dia, para combate de incêndios.
Ontem, somente no período da manhã, os bombeiros atenderam a cinco chamadas na cidade. Porém, já houve dia, como no último dia 10, em que foram registradas 22 chamadas. “Para poder resolver o problema, muitos dos nossos homens precisam fazer um grande esforço. No dia 10 de setembro, as equipes destinadas ao combate ao fogo no mato só conseguiram parar para almoçar às quatro da tarde”, afirmou o chefe da Sessão de Operações e Ensino (3° Sessão) do comando Geral do CBM, capitão Vanderley Pereira.
Para atender aos chamados, que costumam acontecer em vários pontos da cidade ao mesmo tempo, os bombeiros fazem uma espécie de triagem. Eles tentam localizar os focos de incêndio e fazem uma seleção de acordo com a área da ocorrência.
“Algumas áreas têm um potencial de incêndio maior que outras. Portanto, sempre direcionamos as equipes de combate ao fogo para os locais de maior risco. Acontecem mais incêndios do que os nossos recursos podem dar conta. É normal uma mesma viatura distribuir equipes em dois ou três focos de fogo em mata, quando faz uma saída operacional”, comentou o capitão Vanderley.
As áreas que são apontadas como de maior potencial de risco são as reservas florestais, que ficam nas imediações dos bairros Cohafuma, Vinhais, Calhau, Itaqui-Bacanga, Turu, Maioba e Cohatrac. “São áreas florestais próximas a residências e que podem trazer danos a bens e às pessoas. Nessas áreas, se nós demorarmos muito para dar combate ao fogo, poderemos ter um incêndio florestal de grandes proporções”, justificou o oficial.
Sazonal - Segundo o comando do CBM, esses incêndios são sazonais e próprios do período de estiagem, que, somada à falta de cuidado na limpeza de terrenos em áreas florestais, acabam proporcionando as condições ideais para a ocorrência desse tipo de incêndio.
“Focos de incêndio nos matagais são próprios do período de estiagem. Todos os anos esse tipo de ocorrência apresenta um crescimento nesta época.
Em São Luís, a própria população não dá o destino ideal ao lixo e acaba jogando na mata restos de produtos inflamáveis, que podem servir para facilitar a propagação do fogo”, confirmou.
Ocorrências - No final de semana ocorreram pelo menos dois grandes focos de incêndio - um na região do sítio Santa Eulália, às margens da avenida Carlos Cunha, e outro na região da Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB), no Calhau - registrados pelos bombeiros.
Lá, além dos abafadores, a principal ferramenta de combate a incêndios florestais, os bombeiros precisaram utilizar técnicas, como acero (limpeza de terreno para retirar produtos inflamáveis) e água, para apagar os focos.
A previsão é que esses dois incêndios sejam apenas uma amostra do que está por vir. “O período mais crítico ocorre na segunda quinzena de setembro e na primeira do mês de outubro. Depois, as ocorrências começam a ter sensíveis quedas, porque o mato que poderia virar combustível já queimou”, afirmou Pereira.
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