Natureza de antes ainda hoje

O relato do artista que vive em uma terra quase intocada, onde a natureza ainda é soberana.

Mano Borges

Atualizada em 27/03/2022 às 15h31

A preocupação com o destino do planeta passa pela preocupação de como a gente lida com a própria vida.

Eu venho de uma região do Brasil onde muita coisa permanece preservada. Grande parte de minha infância se deu no interior do Maranhão onde tudo está da mesma forma.

A água é boa, o ar é bom, a natureza é exuberante e generosa, pois tudo o que se planta cresce, mesmo!

Com certeza o que permitiu tal feito, contraditoriamente ou não e independente da vontade das pessoas, foi exatamente a falta de desenvolvimento, o caminho inverso, a contramão do progresso.

Imaginar que o mundo possa desacelerar o processo de expansão é improvável, mas é necessário colocar-se em pauta a discussão de onde queremos chegar com tal feito. Não é possível que a gana de uma minoria se faça em detrimento dos interesses da maioria - afinal o planeta “pertence“ às próximas gerações, também.

A forma com que as pessoas têm lidado com as questões relacionadas ao meio ambiente tornou-se banal, como a vida idem e a grande pergunta que deixo é: até onde vai o irracionalismo humano? E a responsabilidade com as futuras gerações?

Creio que o orgulho que tenho de ser do interior do Maranhão vem daí, além de tantas outras coisas. De uma forma inconsciente, ou não, intuitivamente quem sabe, as coisas permaneceram preservadas e isso faz com que, quando fecho os olhos, lembre o cheiro que permeou minha infância; o cheiro bom da terra molhada. E Passagem franca é assim mesmo; simples... como tudo deveria ser.

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