SÃO LUÍS - O laudo do Instituto de Criminalística (Icrim) sobre a reconstituição do atropelamento que vitimou um grupo de banhistas e matou um menino de 3 anos, na Praia de Panaquatira, no feriado de Sete de Setembro, concluiu que a condutora do veículo, Samantha Martins da Silva, 30 anos, foi imprudente e apresentou versões inverídicas sobre o fato. A informação foi dada ontem, pelo delegado Pauliran Pereira de Moura, da Delegacia de São José de Ribamar.

"A condutora causadora do acidente afirmou em depoimento que teria desviado de um Prisma que vinha em sua direção. Depois disse ter perdido o controle do automóvel que dirigia após uma sobrinha ter se assustado com a aproximação de outro veículo e batido em sua mão. No entanto, o laudo afirma que o que houve, na verdade, foi uma ultrapassagem indevida, em local impróprio, o que provocou o atropelamento", afirmou o delegado.

Ainda de acordo com o Icrim, a cabeleireira Samantha Martins da Silva teria atropelado, inicialmente, duas crianças, o menino Carlos Daniel da Silva Rodrigues, de 3 anos, e sua irmã, Carla Cristina da Silva Rodrigues, de 5 anos. O garoto morreu um dia depois no Socorrão II, em decorrência de traumatismo cranioencefálico e de perda de massa encefálica, enquanto a menina permaneceu alguns dias internada.

Com as evidências, o delegado deve indiciar a cabeleireira por homicídio doloso (quando há intenção de matar) e lesão corporal grave. O laudo será anexado ao inquérito policial e encaminhado à Justiça. Samantha Martins da Silva, portanto, poderá ser submetida a júri popular.

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