Tragédia

Casal morre afogado após carro cair do cais de Ribamar

Jornal O Estado do Maranhão e TV Mirante

Atualizada em 27/03/2022 às 13h59

SÃO JOSÉ DE RIBAMAR - No mesmo dia em que acontecia mais uma edição do Lava-Bois, em São José de Ribamar, uma tragédia chocou a população da cidade. Duas pessoas morreram afogadas ontem, depois que o Gol de cor azul marinho e placas HPG-0111, de São Luís, caiu do caís às margens da baía de São José. O Corpo de Bombeiros do Maranhão foi acionado e levou mais de sete horas para resgatar os corpos.

O Instituto Médico Legal (IML) informou que as vítimas foram Honey Blayne, 32, e Láise Cristina Ferreira Coelho, 20. Ela foi resgatada sem roupas por bombeiros e pescadores que ajudaram na operação de retirada do veículo das águas turvas da baía. Já Honey estava vestido com uma bermuda de cor preta. Familiares do casal estiveram no IML para reconhecer os corpos.

Segundo populares, o fato teria acontecido por volta das 3h da manhã, mas somente às 7h30 os bombeiros foram chamados. A equipe composta por sete homens, sendo três mergulhadores, ao chagar ao local, examinou primeiro a veracidade da ocorrência, visto que poucas pessoas diziam ter testemunhado o carro caindo.

Por causa da cor escura da água e da força das correntes, cuja maré subia no início do resgate, os bombeiros encontraram um pouco de dificuldade para encontrar o veículo, que estava a pouco mais de 50 metros da beira do caís e a uma profundidade de aproximadamente 15 metros.

A operação foi coordenada pela capitão do Corpo de Bombeiros, Wellington Soares Araújo. As primeiras informações davam conta de apenas uma vítima presa no Gol, que também ainda não havia sido identificada e que estaria de ponta a cabeça.

Mudança

Como a área não oferecia boas condições para o resgate, o Corpo de Bombeiro iniciou uma operação de deslocamento para o outro lado da baía de São José. Quatro embarcações, sendo duas de grande porte, foram envolvidas no trabalho. Utilizando uma corda própria para rapel, que suporta até 1.200 Kg, o carro foi tracionado para a rampa às margens da avenida Beira-Mar, bem próximo ao palco montado para as apresentações do Lava-Bois.

A travessia foi complicada e, depois de metade do percurso feito, a operação teve de ser paralisada por mais de duas horas. Depois de retomado o trabalho, o carro que já se encontrava bem perto da rampa, foi retirado com a ajuda de cordas, amarradas a uma caminhonete dos Bombeiros, que não suportou o peso do veículo acidentado.

Foi necessário então utilizar um caminhão-baú que estava estacionado na avenida. A lama e as pedras dificultaram o trabalho, que também contou com a ajuda de populares. Uma das cordas dos Bombeiros chegou a se partir, mas não provocou maiores problemas. A Polícia Militar também foi chamada para o local para ajudar a conter os curiosos, que insistiam em se manter próximos à área de resgate.

Por volta das 13h30, já era possível ver a parte traseira (mala) do Gol azul marinho, que estava com a lataria amassada e os vidros todos quebrados. Foi então confirmada a presença de duas pessoas. Objetos pessoais, como os sapatos das vítimas, boiavam nas proximidades e o Corpo de Bombeiros os recolheram.

Resgate

As primeiras imagens dos corpos davam conta de que eles estavam abraçados. O primeiro cadáver a ser retirado foi o de Laíse Coelho, que estava nua e logo foi colocada no saco próprio para o resgate. Ela seria filha de uma ex-vereador de São José de Ribamar. Cinco minutos depois, Honey Blayne, que foi identificado como proprietário de uma loja de roupas localizado na praça do Cruzeiro, também foi recolhido. Ambos foram colocados na rampa e depois levados para a viatura dos Bombeiros até a chegada do rabecão do IML.

“Não temos ainda idéia das circunstâncias do acidente. Primeiro, consideramos que os ocupantes teriam tentado dá uma ré, mas ainda não temos certeza de nada”, analisou o capitão Wellington.

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