PF aperta o cerco aos imigrantes irregulares

Bruna Castelo Branco - O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 14h27

SÃO LUÍS - Cerca de 60 estrangeiros são notificados anualmente em São Luís por estarem na cidade em situação irregular.

A cada mês são notificados cinco estrangeiros ilegais, em média, na capital, quantidade considerada elevada pela Delegacia de Imigração da Superintendência da Polícia Federal-MA, uma vez que o Maranhão não faz fronteira com outros países.

Os imigrantes ilegais são encontrados, principalmente, em pontos turísticos, como Centro Histórico e avenida Litorânea.

“Por não se ter um local certo de abordagem, é complicado identificar os estrangeiros em situação irregular. Buscamos pontos onde existe grande concentração de pessoas, nos fins de semana”, explicou a agente da Polícia Federal, Maria Betânia Lucena Veiga.

Grande parte dos estrangeiros que vêm para São Luís com o intuito de permanecer na cidade com atividades de trabalho, principalmente, comerciais, são oriundos de países orientais, como China e Coréia do Sul.

Eles chegam com visto de turista para 90 dias, prazo que pode ser prolongado por mais três meses com autorização da Polícia Federal.

Gravidez e casamento com parceiros brasileiros podem garantir o visto de permanência no país, cujo processo tem duração de aproximadamente seis meses a um ano.

“A maioria vem como turista, que já chega com a intenção de permanecer na cidade e a forma mais rápida é por meio de um casamento ou uma gravidez. É claro que esses casamentos são fiscalizados, com entrevistas do casal, de vizinhos e parentes até ser constatado que a união não é apenas de fachada”, informou Betânia Veiga.

Quando o imigrante em situação ilegal é abordado pela fiscalização, ele tem o passaporte notificado e um prazo de oito dias para deixar o país. A permanência, após o período estipulado, inclui multa diária de R$ 8,28 e deportação para o país de origem.

“É muito difícil que eles consigam permanecer no país por um longo tempo, pois ficam com um carimbo no passaporte, mesmo que deixem a cidade. Há um controle em hotéis sobre a quantidade de estrangeiros hospedados”, ressaltou a agente da PF.

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