Festa literária é encerrada com sucesso

O escritor e senador José Sarney prestigiou ontem o evento que foi realizado na cidade de Ribamar.

Itevaldo Júnior da equipe de O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 14h38

SÃO JOSÉ DE RIBAMAR - A festa literária do Instituto Geia na cidade santuário de São José de Ribamar foi encerrada ontem contabilizando grande êxito. Coube ao escritor e senador José Sarney, ao acadêmico Joaquim Itapary e aos professores Antônio Martins e Milton Torres as palavras finais que fecharam o evento, que foi realizado durante três dias.

“O festival foi todo ele excelente, mas destaco principalmente este último dia”, avaliou a estudante Ana Patrícia Lima, que esteve na área externa do restaurante Miramar que ficou completamente lotado. No local, foi montado um telão onde centenas de espectadores disputavam um espaço pelo melhor ângulo para acompanhar as palestras.

A última sessão do festival, que contou com a presença do presidente da Academia Maranhense de Letras, Jomar Moraes, foi aberta pelo professor e filólogo Antônio Martins. Em seguida a palavra coube ao senador José Sarney. Em sua primeira frase já arrancou aplausos do público. “Como não tenho o conhecimento da linguagem como Antonio Martins, hoje (ontem) tomei algumas notas. Fiquei preso sobre a origem e o uso da linguagem. Na definição clássica é na linguagem que o homem reflete o que ele sente e pensa.

Pascal definiu isso muito bem”, explicou o senador.

Num segundo momento, o autor de Norte das Águas pediu licença ao arcebispo Dom Paulo Ponte para explicar algumas das definições da linguagem. “Peço desculpas ao Dom Paulo, que aqui não reflito as questões teológicas. Eu sou um homem de fé”, afirmou o senador, colhendo mais aplausos da platéia.

Em uma das várias definições que apresentou, o escritor José Sarney declarou que “a linguagem não é hereditária. A língua é um processo de aprendizagem e passa a ser então uma manifestação cultural”.

Em seguida o senador fez uma explanação sobre a leitura versus a escrita. “A leitura vem antes da escrita. Lia sobre o céu, o mar, a terra, cada um tinha um tipo de leitura. Depois da escrita a leitura. Aí nasce a descoberta do livro, que foi a descoberta mais importante da humanidade, inclusive tecnológica”, definiu.

O livro

Para José Sarney o livro é melhor de qualquer programa de computador. “O livro é tão importante que não conseguiram melhorar o livro. O livro continua imutável”, explicou o autor de O Dono da Mar, em meio a muitos aplausos.

Orador após Sarney, o acadêmico Joaquim Itapary, iniciou sua fala elogiando o ex-presidente. “Sarney fez a vida dele com a palavra”, afirmou, logo aparteado pelo companheiro de Academia Maranhense de Letras (AML), José Sarney, que disparou. “Modesta do orador. Ele é uma cobra criada”, afirmou arrancando forte aplausos do público.

Itapary também pediu licença a Dom Paulo Ponte para afirmar que “Deus criou o mundo com a palavra. A primeira palavra foi o verbo divino”.

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