SÃO LUÍS - Um grupo de agricultores da Associação de Produtores Rurais do Povoado de São Braz dos Macacos, em São José de Ribamar, estão acusando o presidente da associação, Ney Sodré, de promover a prática de grilagem nas terras da associação.

Sodré estaria dividindo a área em vários lotes, para vender cada um pelo valor de R$ 25. Os compradores irregulares, segundo os produtores, chegam até o local e destroem todas as plantações de mandioca da Associação, alegando que são proprietários dos terrenos.

- Ele não pode continuar com isso porque nossa organização não é desconhecida. O governador José Reinaldo garantiu apoio para a nossa produção. Agora chega o próprio presidente da Associação e faz uma coisa dessas com a gente - desabafou um membro da associação.

Ontem, um grupo formado por integrantes da Associação Rural de São Braz dos Macacos esteve na Assembléia Legislativa, para pedir apoio aos parlamentares na solução do problema. O deputado estadual Domingos Dutra (PT) inclusive já participou como advogado de uma ação de reintegração de posse na região de São Braz dos Macacos:

- Em 2000, eu fui a uma audiência na comarca de Ribamar, junto com Ney Sodré, para responder a um processo de reintegração de posse impetrado pela empresa Gás Butano. Na época, a empresa alegava ser proprietária da área, e nós conseguimos devolvê-la aos trabalhadores rurais. É muito triste para mim saber que o homem que lutou junto comigo pela reintegração da área agora utiliza essa mesma terra em proveito próprio - disse Domingos Dutra.

A Gerência de Patrimônio da União marcou uma reunião esta terça-feira, para tentar solucionar o impasse.

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