Investigação

Helicóptero que caiu em fazenda do Maranhão apresentou problemas técnicos antes do acidente, aponta polícia

Antes do acidente a aeronave passou por duas panes, sendo uma por falta de combustível e outra por perda de potência, que foi resolvida pela própria vítima.

Imirante.com

Atualizada em 03/01/2024 às 15h53
Helicóptero pegou fogo após cair em fazenda. (Foto: Arquivo Pessoal)
Helicóptero pegou fogo após cair em fazenda. (Foto: Arquivo Pessoal)

SANTA LUZIA - O helicóptero que caiu em uma fazenda do município de Santa Luzia, no interior do Maranhão, na manhã dessa terça-feira (2), apresentou problemas técnicos antes da acidente, segundo aponta a Polícia Civil do Maranhão (PC-MA). A queda matou o piloto da aeronave, identificado como José Rondinelle da Encarnação Rodrigues, de 43 anos.

Ainda de acordo com a polícia, o piloto do helicóptero estava no local do acidente desde o último dia 22 de dezembro de 2023. Nesse período a aeronave passou por duas panes, sendo uma por falta de combustível e outra por perda de potência, que foi resolvida pela própria vítima realizando a limpeza do filtro de combustível do helicóptero.

O helicóptero Róbson 44, que foi modificado para realização de pulverização agrícola, estava a serviço da fazenda Agro-Maratá. No momento do acidente, a aeronave estava somente com o piloto a bordo realizando pulverização de veneno em um matagal dentro da área da própria fazenda.

Após a queda, o helicóptero pegou fogo e o piloto morreu carbonizado no local do acidente. O corpo de José Rondinelle foi encontrado minutos após o acidente pelo seu filho, de 18 anos, e por funcionários que trabalham na fazenda a uma distância de 3 km do hangar.

José Rondinelle da Encarnação Rodrigues, de 43 anos, era o piloto da aeronave e morreu na queda. (Foto: Arquivo Pessoal)
José Rondinelle da Encarnação Rodrigues, de 43 anos, era o piloto da aeronave e morreu na queda. (Foto: Arquivo Pessoal)

Certificado suspenso

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a aeronave de prefixo PT-YGI, fabricada em 1998, pertencia ao piloto José Rondinelle da Encarnação e estava com a operação negada para táxi aéreo. O Certificado de Aeronavegabilidade do helicóptero também estava suspenso e vencido desde agosto de 2020. 

Em nota, Força Aérea Brasileira (FAB) informou que o Primeiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa I), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) , foi acionado para realizar a Ação Inicial da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PT-YGI.

O órgão destacou que, na Ação Inicial são feitas "a coleta e confirmação de dados, a preservação de indícios, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias ao processo de investigação".

Ainda conforme a nota, "o Cenipa tem o objetivo de investigar as ocorrências aeronáuticas, de modo a prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram. A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes".

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