Em Santa Luzia do Paruá

Homem é condenado a mais de 28 anos de prisão por feminicídio

A pena deverá ser cumprida, em regime inicialmente fechado, na Unidade Prisional Regional de Zé Doca.

Divulgação/CGJ-MA

Atualizada em 27/03/2022 às 11h01
Na sessão, realizada no último dia 25 de agosto, o Conselho de Sentença reconheceu, por maioria de votos, a qualificadora de crime praticado contra a vítima, por razões de condição de sexo feminino, no âmbito de violência doméstica.
Na sessão, realizada no último dia 25 de agosto, o Conselho de Sentença reconheceu, por maioria de votos, a qualificadora de crime praticado contra a vítima, por razões de condição de sexo feminino, no âmbito de violência doméstica. (Foto: Divulgação)

SANTA LUZIA DO PARUÁ - O Tribunal do Júri de Santa Luzia do Paruá condenou José Antonio Silva Neto a 28 anos e nove meses de reclusão pelo crime de feminicídio cometido contra Marilene dos Santos Lopes, sua ex-companheira. A pena deverá ser cumprida, em regime inicialmente fechado, na Unidade Prisional Regional de Zé Doca.

Crime

Foi apurado que o condenado e a vítima foram casados por 21 anos e, no momento do crime, estavam separados há aproximadamente 20 dias. Em 29 de agosto de 2020, José Antonio Silva se dirigiu até a residência da vítima, no intuito de reatar o relacionamento. Contudo, Marilene dos Santos Lopes recusou a possibilidade. Inconformado, ele teria dito "pois eu vou me matar, mas antes vou te levar comigo".

Em seguida, em posse de um facão, desferiu vários golpes na vítima, atingindo-a no braço direito, na região peitoral e nas costas. Marilene faleceu minutos depois.

José Antonio Silva ainda tentou suicídio, mas foi salvo após ser encaminhado ao hospital da cidade.

Feminicídio

Na sessão, realizada no último dia 25 de agosto, o Conselho de Sentença reconheceu, por maioria de votos, a qualificadora de crime praticado contra a vítima, por razões de condição de sexo feminino, no âmbito de violência doméstica. O corpo de jurados não reconheceu a tese de insanidade do acusado, apresentada pela defesa.

Em razão de já ter cumprido prisão preventiva desde quando cometeu o assassinato, o condenado teve redução de um ano na pena.

Defendeu a tese do Ministério Público do Maranhão o promotor de justiça Thiago Lima Aguiar, titular da Comarca de Zé Doca, respondendo por Santa Luzia do Paruá. Proferiu a sentença o juiz João Paulo de Sousa Oliveira.

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