PIO XII - A Justiça Federal condenou o ex-gerente da agência dos Correios no município de Pio XII, Tarcísio Nunes Pereira, por desviar dinheiro do Banco do Brasil ao inserir depósitos falsos e ainda simular um roubo à própria agência para ocultar o crime.
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Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o caso aconteceu entre julho e agosto de 2018, quando o ex-gerente teria feito 127 inserções falsas de depósitos bancários ao Banco do Brasil no valor de mil reais, totalizando R$ 127 mil. Desse montante, ao menos 12 transações foram destinadas diretamente à conta pessoal de Tarcísio, no valor total de R$ 12 mil.
Posteriormente, para ocultar o sumiço dos valores no cofre da agência, o próprio Tarcísio teria planejado um assalto à própria agência onde trabalhava. Segundo o MPF, o crime foi realizado com o apoio de dois comparsas, que roubaram R$ 35 mil em espécie e cinco aparelhos celulares institucionais.
Ao final das investigações, o Ministério Público Federal afirma que Tarcísio confessou os crimes e que, ao total de todas as operações, ficou com cerca de R$ 100 mil e o restante dividiu aos comparsas. O MPF também levou como prova à Justiça:
- Extratos bancários que registram depósitos em série, sem que o dinheiro tivesse entrado no cofre
- Relatório interno agência que demonstrou que apenas Tarcísio possuía perfil de acesso compatível com a realização das operações
- Imagens de videomonitoramento da agência que comprovam a ausência de atendimento ao público durante os horários dos depósitos
Ao final, o juiz federal da Comarca de Bacabal, Deivisson Manoel de Lima, condenou Tarcísio a ressarcir integralmente os cofres públicos, no valor total de R$ 177.906,92, corrigidos e acrescidos de juros, além de pagamento de multa civil em igual valor.
Tarcísio também perdeu o cargo público e teve os direitos políticos suspensos por 10 anos, pelos crimes de improbidade administrativa por enriquecimento ilícito e dano aos cofres públicos.
O que diz a defesa
Na descrição da sentença, o juiz federal afirmou que Tarcísio negou participação em desvios de dinheiro e argumentou que as supostas vítimas são quem deveriam provar que ele cometeu os crimes.
Durante o processo, Tarcísio foi representado por um curador especial devido à sua revelia e não constituiu advogado mesmo após ser citado pessoalmente.
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