Pesquisa

Pesquisa estuda criação de búfalos na baixada

ASCOM/UFMA

Atualizada em 27/03/2022 às 13h42

SÃO LUÍS - Os impactos ambientais decorrentes da criação de búfalos na baixada maranhense chamou a atenção da estudante do 2º ano do mestrado de Ciências Sociais, Lenir Moraes Muniz. Segundo ela, no início da década de 60, a criação dos animais tinha o objetivo de estruturar o desenvolvimento econômico da área da baixada. Os donos de terra contaram com apoio e o financiamento do governo federal.

No entanto, o investimento e a criação desordenada dos búfalos causou impactos sócio-ambientais na região, como a destruição da cobertura vegetal, prejudicando a pesca e a caça, principais meios de sobrevivência dos moradores da baixada.

A partir da década de 70, os moradores rurais começaram a se mobilizar com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e da Sociedade em Defesa dos Direitos Humanos.

Eles reivindicaram a retirada dos animais das áreas da baixada maranhense. O protesto ocasionou diversos conflitos armados na década de 80. Em 1989, os governos rurais conseguiram proibir a criação de búfalos soltos, por emenda constitucional. A pesquisa que ainda está em fase de desenvolvimento, constatou que mesmo com a medida, os agricultores nunca cumpriram a lei e os animais continuam sem qualquer restrição de e´paço nas criações.

Segundo Lenir Muniz, o trabalho de campo contou com apoio dos líderes sindicais que viveram os conflitos na década de 80, do Ministério Público e da Sociedade em Defesa dos Direitos Humanos. A estudante teve acesso também aos documentos arquivados na CPT e dos STRs dos municípios de Santa Rita, Arari, Viana e Pinheiro.

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