PINDARÉ-MIRIM - Na contramão dos grandes eventos focados nas principais capitais, uma experiência única e ambiciosa de cultura, educação e entretenimento está sendo levada para o público infantojuvenil de cidades do interior do Nordeste e do Norte do Brasil.
No Maranhão, a Caravana do Patrimônio Cultural Brasileiro inicia na cidade de Pindaré Mirim, distante 264 km de São Luís, no dia 20 de junho, onde será montada no histórico Engenho Central de São Pedro, edifício tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e depois seguirá percorrendo oito municípios do Maranhão e do Pará, numa jornada de sete meses.
A Caravana é gratuita, aberta ao público em geral todos os dias, com acesso prioritário de grupo escolares agendados. O Projeto tem capacidade para receber até 400 pessoas diariamente. Serão, em média, 15 dias em cada cidade, possibilitando assim que centenas de crianças e jovens, a partir de cinco anos de idade, tenham a oportunidade de conhecer, interagir e vivenciar sete diferentes experiências sensoriais sobre o patrimônio cultural. Em um espaço de 520m², serão abordados diferentes aspectos do patrimônio material, imaterial, arqueológico e mundial, tendo como foco um despertar das novas gerações para a importância do reconhecimento e da preservação desses bens.
O projeto pretende dar a oportunidade para que os participantes possam, por meio do conhecimento, ampliar os horizontes, valorizar a autoestima e ganhar um novo olhar para si mesmo e o mundo, por meio da vivência do patrimônio cultural. Nesse sentido, a palavra-chave da proposta é acolhimento, tendo como ferramenta três pilares: empatia, emoção e, por fim, transformação.
Além do local de estreia, o Projeto vai passar por Alto Alegre do Pindaré, Buriticupu e Açailândia, no Maranhão, e Bom Jesus do Tocantins, Marabá, Parauapebas e Ourilândia do Norte, no Pará. Produzida pela carioca LP Arte, a Caravana é patrocinada pelo Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e parceria das secretarias de educação das cidades visitadas.
“Para viabilizar essa imersão, a Caravana conta com uma série de objetos, vídeos, espaços de interatividade, brincadeiras e muitas outras experiências que conversam com o público dessas cidades, ao mesmo tempo em que permite que eles façam uma verdadeira viagem pelo Brasil por meio do patrimônio cultural em toda sua diversidade e riqueza”, explica o produtor Luiz Prado, da LP Arte, curador do Projeto.
A Caravana também convidará, ao longo do seu trajeto, outras manifestações culturais locais envolvendo a comunidade para participar dessas experiências. O lançamento em Pindaré Mirim vai contar com apresentação do grupo Bumba-Meu-Boi Capricho de São João.
A experiências
A primeira experiência que atravessa o participante da Caravana é a Arena do Aprendizado, onde os visitantes são apresentados, por meio de imersão em vídeo, aos bens que compõem o patrimônio material e imaterial do país, passando pela arqueologia e pelos sítios reconhecidos pela Unesco como patrimônio mundial no Brasil. Um game interativo onde os estudantes se divertem com algumas das danças que compõem as diversas formas de expressão da nossa cultura faz parte da segunda fase, a de Engajamento. Na terceira, um portal de transição formado por itens expositivos com jornada explicativa e gamificada celebra os saberes e ofícios produzidos pela nossa população e transmitidos de geração para geração. A curiosidade segue como mote da quarta experiência, que conduz os participantes por uma lúdica viagem de balão pelas imagens e paisagens dos 16 destinos brasileiros considerados como Patrimônio Mundial.
Na quinta experiência é hora de colocar as mãos à obra, reconhecendo por meio da observação e da descoberta que é a criatividade humana que produz as riquezas do patrimônio cultural. Inspiração é o foco da sexta experiência, onde, com o uso da lupa que simula o olhar atento que atravessa as camadas de história, os visitantes podem compreender mais sobre as nuances do patrimônio arqueológico. Por último, em uma arena com palavras e uma experiência simbólica e sensorial conduzida pela narração imersiva, a Caravana convida os participantes a se perceberem como parte pertencente e responsável pela cultura e pelo patrimônio.
O tempo médio em cada experiência dura entre 7 e 14 minutos, com dez pessoas por vez, atendendo simultaneamente até 70 participantes, sendo dois turnos pela manhã e dois à tarde. Toda a jornada será acompanhada por monitores, divididos por todos os sete núcleos do projeto. Diariamente serão disponibilizados ônibus gratuitos para o transporte de ida e volta dos estudantes, com capacidade média para 40 pessoas. O projeto também promove condições de acessibilidade, com disponibilização de intérpretes de libras, produção de conteúdo em braile e espaço acessíveis para cadeirantes.
Em paralelo às experiências, será realizado um workshop de capacitação de 100 professores e educadores em cada cidade. O objetivo é apresentar formas dinâmicas de introduzir o tema em atividades nas salas de aula ou até mesmo extracurriculares. As escolas participantes serão, assim, uma espécie de base central de difusão de conhecimento para outras instituições de ensino da cidade e dos municípios vizinhos. Ao longo desses sete meses de projeto, a Caravana pretende alcançar 40 mil pessoas diretamente, abrangendo um total de 30 municípios e mais de 120 escolas.
Ficha Técnica
Idealização e Curadoria: Luiz Prado
Projeto expositivo e cenografia: Adriana Milhomem
Design de experiências: Verônica Marques
Projeto Gráfico: Folha Verde Design
Coordenação de comunicação: Thiago Carneiro
Assessoria de imprensa: Primeira Linha Comunicações
Patrocínio: Instituto Cultural Vale
Realização: LP Arte Soluções Culturais (www.lparte.com.br)
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