PINDARÉ-MIRIM - O atentado à redação do semanário francês Charlie Hebdo, na última quarta-feira (7), inspirou o estudante Lucas Pinheiro Rosas, de 16 anos, a produzir um desenho em homenagem às vítimas. "Estava passando no jornal aquele atentado que teve na França, e começou a passar um monte de desenhos que os outros tinham feito. Achei super legal aquele tipo de homenagem", contou, por telefone, ao Imirante.com.

No desenho, aparece um soldado que diz "Nem toda arma precisa ser de fogo". A expressão, segundo o rapaz, foi ele próprio quem pensou. Lucas explicou o sentimento ao ver diversas charges e cartuns retratando aquele dia. "É uma mistura de uma coisa engraçada com tragédia", declarou.

O jovem sonha em, um dia, viver de sua arte, assim como os cartunistas do Charlie Hebdo. E, se depender da família, Lucas já pode ir apontando o lápis. "Quando você é pai, percebe que seu filho tem um dom, por isso apoiamos ele", afirmou toda orgulhosa a mãe Simone Pinheiro Rosas, de 35 anos, que trabalha como atendente de farmácia.

Há pouco mais de dois anos, o pai Luzinaldo, 44 anos, que trabalha nos Correios, foi transferido de São Luís para o município de Pindaré-Mirim, onde vivem atualmente. Lucas, ainda, tem uma irmã, Luana, de 13 anos. Os dois estudam no município de Santa Inês (a 4 km de Pindaré-Mirim), e o rapaz revela que a vontade de ingressar em um curso, que lhe permita aperfeiçoar sua arte, esbarra na falta de oportunidades na área. "Aqui, os cursos eu faço porque é o que tem", lamentou o rapaz, que quando pequeno tentava reproduzir os traços de mangás e revistas em quadrinho.

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