Ciência

Médico italiano garante: primeiro transplante de corpo deve ocorrer até 2017

No procedimento criado por ele, cabeça de paciente é transferida para corpo de doador.

Maurício Araya / Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h45
Objetivo é prolongar vidas de pessoas afetadas por doenças terminais.
Objetivo é prolongar vidas de pessoas afetadas por doenças terminais. (Divulgação)

SÃO LUÍS – Tema de diversos filmes de ficção científica, o transplante de cabeça para outro corpo pode se tornar possível em até dois anos, garante um cirurgião italiano. Segundo Sergio Canavero, o objetivo desse tipo de transplante é prolongar vidas de pessoas afetadas por doenças terminais. Em junho, ele deve lançar, oficialmente, o projeto em um encontro de neurocirurgiões em Maryland, Estados Unidos, onde pretende encontrar pessoas para formar sua equipe e explorar todas as possibilidades da inédita cirurgia.

O transplante de corpos já foi tentada na década de 1970, com macacos; e, no ano passado, com ratos. No procedimento do médico italiano, a cabeça do paciente e o corpo do doador seriam resfriadas, para que as células não morram na operação. O maior desafio é ligar os nervos da espinha, que permitem a conexão do cérebro com o corpo.

Além da grande dificuldade de tornar isso possível, Canavero sabe do enorme obstáculo ético que encontrará pela frente: "Se a sociedade não quiser, não farei. Mas se pessoas não quiserem, nos Estados Unidos e na Europa, isso não significa que não será feito em outro lugar", afirmou à revista New Scientist.

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