MOSCOU - Equipes de resgate continuam com seus trabalhos às margens do mar Cáspio, onde um avião An-140 da Linhas Aéreas Azerbaijanas caiu na sexta-feira pouco depois de levantar vôo, matando os 23 ocupantes - 15 azerbaijanos e oito estrangeiros.
As equipes de resgate trabalham ainda para encontrar a "caixa-preta" do aparelho, que pode ajudar a esclarecer as circunstâncias da tragédia.
No avião, que caiu a cerca de 35 quilômetros de Baku, pouco após decolar do aeroporto da capital azerbaijana rumo à cidade de Aktau, no Casaquistão, havia 15 cidadãos do Azerbaijão e quatro do Casaquistão, assim como um britânico, um australiano, um turco e um georgiano.
O subdiretor da companhia aérea que se encontra no local do acidente afirmou que os restos do aparelho estão a uma profundidade de cerca de cinco metros, e a dez metros da margem.
O trabalho está sendo difícil pela forte maré, com ondas de até 10 metros. Especialistas realizam buscas com a ajuda de helicóptero.
O capitão Andrei Lavrin estava no comando da tripulação. Segundo o subdiretor, se tratava de "um piloto com grande experiência".
Os trabalhos estão sendo realizados por uma comissão estatal, criada especialmente para investigar as causas do acidente e formada por representantes da Promotoria Geral, do Ministério do Interior, da estatal Linhas Aéreas Azerbaijanas e de outras instituições.
"Ainda é prematuro falar sobre as causas do acidente. Ainda temos que esperar o exame dos fragmentos do avião", informou hoje o promotor-geral adjunto do Azerbaijão, Rustam Usubov.
O presidente do país, Iljam Aliyev, viajou hoje ao local da tragédia, onde desde ontem à noite estão sendo feitos os trabalhos de resgate. Expressou suas condolências aos parentes das vítimas e ordenou às instituições que lhes prestem ajuda.
A companhia aérea do Azerbaijão comprou há dois anos quatro aparelhos An-140 da empresa ucraniana Antonov, e foi uma das primeiras a utilizar o novo avião.
Neste período, a Antonov vendeu 12 An-140, atualmente utilizados por companhias da Ucrânia, do Azerbaijão e do Irã.
O aparelho é utilizado em rotas regionais e tem capacidade para transportar 52 passageiros em distâncias de até 2.420 quilômetros.
Sua capacidade de carga deu origem às primeiras informações, posteriormente desmentidas, sobre a possível causa do acidente.
O An-140 é equipado com dois motores turboélice, fabricados pela empresa ucraniana Motor Sich.
Segundo seus projetistas e fabricantes, a última versão do An-140-100, à qual pertencia o aparelho acidentado, possui diversas vantagens em comparação ao modelo inicial, que decolou pela primeira vez em 1997.
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