Israel cobra o fim da hostilidade da ONU

Reuters

Atualizada em 27/03/2022 às 14h39

NAÇÕES UNIDAS - A retirada de Gaza deve significar o fim da hostilidade das Nações Unidas contra Israel, disse nesta segunda-feira o embaixador do país na organização. Ele cobrou que a ONU encare a iniciativa israelense como uma ação histórica pela paz.

O pedido do embaixador de Israel na Organização das Nações Unidas (ONU), Dan Gillerman, se dá quando milhares de assentados judeus começam a deixar Gaza, terminando com a ocupação de 38 anos na faixa de território litorâneo.

A iniciativa é o primeiro passo do plano do premiê israelense, Ariel Sharon, para evitar os conflitos com os palestinos.

Os comentários fazem coro aos pedidos anteriores de Israel e do seu aliado mais próximo, os Estados Unidos, pelo fim das resoluções anuais da Assembléia Geral da ONU contra a política israelense e pelo desmantelamento da grande burocracia em torno de temas palestinos

"É hora de as Nações Unidas reconhecerem as ações de Israel", afirmou Gillerman à imprensa. "Esperamos que as Nações Unidas mudem a sua avaliação do Oriente Médio. Não queremos mais as críticas e nem as resoluções repetitivas."

A Assembléia Geral, com 191 países, dominada pelos países em desenvolvimento, aprovam por ano dezenas de resoluções críticas a Israel, que, na maioria das vezes, são praticamente idênticas a anteriores.

As resoluções, apresentadas pelos países árabes, ganham o apoio da ampla maioria dos países-membros. Opõem-se a elas, além de Israel, os Estados Unidos e algumas ilhas do Pacífico.

"Esperamos ver uma Assembléia Geral mais positiva e menos combativa, reconhecendo que algo histórico aconteceu", disse Gillerman.

Ele também cobrou que o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, mostre o seu apoio à retirada israelense de Gaza.

Em um comunicado divulgado nesta segunda-feira, Annan descreveu a iniciativa como "um momento de promessa e de esperança" no processo de paz do Oriente Médio, mas alertou que ainda há muito trabalho pela frente.

Annan tem criticado tanto as resoluções da Assembléia Geral quanto algumas das táticas israelenses.

Israel há muito tempo considera os membros da ONU hostis ao país, considera que a organização ignora as mortes de judeus e que falhou ao não condenar os ataques que o Iraque fez contra Tel Aviv durante a guerra do Golfo na década passada.

As Nações Unidas têm vários organismos dedicados à causa palestina, incluindo um comitê pelos direitos do povo palestino, um comitê especial para investigar as práticas israelenses que afetam os direitos humanos e uma agência para refugiados palestinos.

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