JERUSALÉM - Israel ignorou neste sábado uma advertência do Conselho de Segurança da ONU contra sua ameaça de exilar o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Yasser Arafat, dizendo que a segurança nacional israelense está em jogo em meio à nova onda de ataques suicidas.
Nesta madrugada, confrontos entre forças israelenses e palestinos na cidade de Nablus, na Cisjordânia, mataram um palestino de 80 anos que passava pelo local, segundo testemunhas. Fontes militares disseram que os soldados israelenses estavam atrás de um radical palestino local, mas não mencionaram a morte do idoso.
Ainda na Cisjordânia, o Exército de Israel descobriu três cinturões com bombas em um açougue em Belém, de acordo com fontes de segurança de Israel, que acusam o grupo radical islâmico Hamas de planejar nos atentados suicidas, após os dois ataques que mataram ao menos 15 israelenses na semana passada. O gabinete de segurança israelense respondeu aos ataques com a decisão de remover Arafat 'de uma forma ainda a ser determinada', o que provocou protestos em todo o mundo.
O Conselho de Segurança da ONU alertou Israel na sexta-feira contra tal medida.
- Os membros do Conselho expressaram a posição de que a remoção do senhor Arafat seria inútil e não deve ser implementada - disse o embaixador britânico Emyr Jones Parry.
Israel rejeitou a advertência.
- Com todo o respeito, Arafat é um hábil terrorista. Nós não iremos abrir mão do nosso direito de legítima defesa - afirmou uma fonte próxima ao primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon.
Com apoio dos Estados Unidos, Israel acusa Arafat de fomentar a violência nos quase três anos do novo levante palestino contra a ocupação da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, algo que o líder palestino nega. Mas Washington não quer que o líder ex-guerrilheiro, de 74 anos, exilado, por temer o fim do plano de paz para o Oriente Médio liderado pelos Estados Unidos, o ”mapa da paz”, já cambaleante pela recente violência.
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