Saúde

Maranhão registra queda de 56,4% nos casos de dengue nos dois primeiros meses de 2025

Segundo monitoramento do Ministério da Saúde, foram contabilizados 1.072 casos prováveis nas primeiras semanas de 2025.

Imirante, com informações do Ministério da Saúde

Atualizada em 23/03/2025 às 18h50
Ministério da Saúde divulgou dados sobre casos de dengue no Maranhão.
Ministério da Saúde divulgou dados sobre casos de dengue no Maranhão. (Foto: Genilton Vieira/IOC)

SÃO LUÍS - Nos dois primeiros meses de 2025, o Maranhão registrou uma redução de 56,44% nos casos prováveis de dengue em comparação com o mesmo período de 2024. O estado segue a tendência nacional, que apresentou um recuo de 69,25% nos casos de dengue em todo o país. O levantamento corresponde às semanas epidemiológicas 1 a 9, compreendendo o intervalo de 29 de dezembro de 2024 a 1º de março de 2025. A queda nos números demonstra a efetividade das medidas adotadas pelo Ministério da Saúde, em parceria com estados e municípios, mas reforça a necessidade de esforços contínuos para manter a tendência de redução. 

De acordo com o painel de monitoramento da pasta, nos primeiros meses de 2025, foram registrados 1.072 casos prováveis de dengue no Maranhão, contra 2.461 no mesmo período de 2024. Em todo o Brasil, foram contabilizados 493 mil casos prováveis da doença, 217 óbitos confirmados e 477 mortes em investigação. No mesmo período do ano passado, o país havia registrado 1,6 milhão de casos prováveis, 1.356 óbitos confirmados e 85 em análise. 

A região Sudeste concentra a maior parte dos casos, com 1 milhão de registros em janeiro e fevereiro de 2024 contra 360 mil este ano. O estado de São Paulo lidera os números atuais, com 285 mil casos prováveis, representando mais da metade do total do país. E contabiliza também 168 das 217 mortes confirmadas este ano. 

Comparativo por semanas epidemiológicas (SE) 1 a 9: 

2024 

  • Brasil: 1.604.611 casos;
  • Sudeste: 1.061.436 casos (66,14% do total nacional). 

2025 

  • Brasil: 493.403 casos;
  • Sudeste: 360.989 casos (73,16% do total nacional). 

Medidas de controle e parcerias 

Desde a ativação do Centro de Operações de Emergências para Dengue e outras Arboviroses (COE-Dengue), em 8 de janeiro, o Ministério da Saúde intensificou ações para conter o avanço das arboviroses. Entre as principais estratégias adotadas estão: 

  • Visitas técnicas a estados e municípios para reforçar a vigilância e o controle da doença;
  • Distribuição de 4,5 milhões de testes de diagnóstico para dengue, priorizando localidades com menor acesso a laboratórios;
  • Expansão do método Wolbachia para 44 cidades em 2025, ampliando uma estratégia inovadora de controle do Aedes aegypti;
  • Reuniões ampliadas do COE com representantes da sociedade civil, sindicatos, federações e entidades científicas;
  • Mobilização em escolas, em parceria com o Ministério da Educação (MEC), para conscientizar crianças e jovens sobre a prevenção; e
  • Parceria com o Instituto Butantan para a produção da primeira vacina 100% nacional e de dose única contra a dengue. A previsão é disponibilizar 60 milhões de doses anuais a partir de 2026, com possibilidade de ampliação conforme a demanda. 

Febre amarela: atenção redobrada 

Além da dengue, a pasta reforça a necessidade de ampliar a cobertura vacinal contra a febre amarela, principal estratégia de prevenção da doença. A intensificação da vigilância epidemiológica é fundamental, especialmente no monitoramento de primatas não humanos com suspeita de febre amarela e na identificação precoce de possíveis casos em humanos. Esse acompanhamento permite antecipar surtos e garantir uma resposta rápida das autoridades de saúde. 

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