RACHADINHA

Ex-deputado Pastor Cavalcante é alvo de operação do MPMA

O ex-deputado teve documentos, bens, computadores, celulares e arma de fogo apreendidos. Devido à posse de arma, o pastor foi conduzido à delegacia.

Kailane Nunes / Ipolítica

Atualizada em 03/04/2024 às 12h57
Pastor Cavalcante
Pastor Cavalcante (Divulgação)

MARANHÃO - O ex-deputado Maranhense José Alves Cavalcante, conhecido na política como Pastor Cavalcante, foi alvo de uma operação do Ministério Público do Maranhão (MPMA) na manhã desta quarta-feira (3).

Segundo o MPMA, a Operação Damnare Avarita, está apurando denúncias de “rachadinha” no gabinete do ex-deputado. Está sendo realizada nos municípios de Imperatriz, Açailândia e Governador Edison Lobão. 

Na ação, foram apreendidos documentos, bens, computadores, celulares e arma de fogo. Devido à posse irregular da arma, o pastor foi conduzido à delegacia de Imperatriz.

Segundo informações do procedimento investigatório, o ex-deputado estadual recebia parte do salário dos assessores do seu gabinete da Assembleia Legislativa.

As investigações também levantaram que vários assessores do gabinete do ex-deputado sacavam os valores de suas remunerações em espécie em caixas eletrônicos ou na própria agência bancária de forma sistemática, durante o período dos seus vínculos com a Assembleia Legislativa.

Além dos imóveis do ex-deputado estadual, foram alvos da operação a casa do filho do Pastor, Jefte Cavalcante, assim como do tesoureiro das igrejas vinculadas ao líder religioso, José Félix Costa Júnior.

Conhecida como “rachadinha”, a prática era executada por familiares e funcionários de sua confiança. Estas pessoas recebiam grandes quantidades de dinheiro em espécie para realizar depósitos com ou sem identificação.

OPERAÇÃO DAMNARE AVARITIA

Damnare Avaritia vem do latim e significa Ganância Maldita. O contexto do maldito vem do versículo de Jeremias 48:10 – maldito aquele que fizer a obra do senhor fraudulosamente, se referindo à prática do suspeito sobre seus atos usando imagem da igreja.

Os mandados foram cumpridos com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), com sete equipes e 42 policiais, e da Polícia Civil, com os delegados e equipes que atuam com o Gaeco em São Luís, Timon e Imperatriz. A operação contou ainda com o suporte da Coordenadoria de Assuntos Estratégicos e Inteligência (CAEI) do MPMA.

As investigações estão sendo realizadas pela 2ª Promotoria de Justiça Especializada de Açailândia, cujo titular é o promotor de justiça Denys Rêgo.

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