Dados

Maranhão têm aumento de 130% no número de transplantes realizados no Estado

Segundo a Central Estadual de Transplante do Maranhão (CET-MA), em um comparativo com 2022, o Estado teve um salto de 27 transplantes de órgãos no ano anterior para 62 neste último ano.

Imirante.com, com informações da SES

Os dados foram divulgados nessa sexta-feira (19), pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Os dados foram divulgados nessa sexta-feira (19), pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). (Foto: Divulgação)

MARANHÃO - O Maranhão apresentou, no ano de 2023, um aumento de 130% nos transplantes de órgãos e de 88% nos transplantes de córneas, em relação ao ano de 2022. Os dados foram divulgados nessa sexta-feira (19), pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).

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Segundo a Central Estadual de Transplante do Maranhão (CET-MA), em um comparativo com 2022, o Estado teve um salto de 27 transplantes de órgãos no ano anterior para 62 neste último ano. O aumento também pode ser observado no que diz respeito aos transplantes de córneas realizados no Maranhão, que saltaram de 133 para 255.

Ainda segundo o levantamento, foram captados sete corações, destinados a pacientes de outros estados, uma vez que no Maranhão não há no momento pessoas aguardando por transplante deste órgão.

Também foram captados 54 rins, sendo 41 implantados em pacientes situados no Maranhão e 11 ofertados para o Sistema Nacional de Transplantes (SNT); assim como 27 fígados, os quais foram disponibilizados para captação, com implante local de quatro e oferta de 17 para o Sistema Nacional.

Caso Nayara

Entre os transplantes realizados, esteve o procedimento de Nayara Alencar, de 28 anos, que fez transplante de rim em maio de 2023, no Hospital Universitário Presidente Dutra da Universidade Federal do Maranhão (HU-Ufma). Ela contou que na sua família existe o histórico de parentes que são pacientes renais crônicos. Alguns chegaram a ser submetidos a diálise, como o caso de um tio, que também é transplantado, um primo e mais recentemente a própria mãe.

“Eu tinha 13 anos quando, após exames laboratoriais de rotina, descobri que estava com as funções renais comprometidas, mesmo sem apresentar nenhum sinal ou sintoma. Naquele primeiro momento, eu não precisei fazer diálise, apenas o tratamento conservador. Eu sabia que era algo complicado, mas não entendia a dimensão”, explicou Nayara Alencar.

Após quatro anos, no final de 2013, foi necessário iniciar as sessões de diálise e com isso também entrar na fila de espera até o transplante em definitivo, quase 10 anos depois. “Eu tinha acabado de chegar de uma sessão de diálise. No começo deu um misto de desespero e medo, mas ao mesmo tempo alguma coisa me dizia que eu precisava ir”, recordou Nayara.

Depois de oito meses transplantada, Nayara Alencar descreveu o quanto a sua vida mudou para a melhor. “O transplante me deu uma vitalidade que eu nunca tinha experimentado antes. Eu me sinto viva, ativa e mais proativa. Dar o ‘sim’ para a doação de órgãos é permitir que uma vida mude. É um ato de amor ao próximo”, enfatizou.

O marido de Nayara, Danilo Alencar, de 31 anos, acompanhou tudo, desde quando a jovem ainda fazia diálise. Casados há três anos, ele acrescentou que a qualidade de vida se estendeu para si também. 

“Quando soubemos que havia chegado o rim, me apeguei à qualidade de vida que viria, pois foi uma virada de chave total em nossa vida. Hoje nós podemos planejar o futuro, coisas que até pouco tempo atrás não seria possível fazer, como viagens longas, realizar cursos em outros locais sem ter que ficar preso a uma máquina. Agora queremos aproveitar o que a vida oferece, desfrutar de restaurantes, se alimentar bem e até mesmo pensar em aumentar a família com a chegada de filhos”, comemorou.

Transplantes no Brasil

De acordo com informações do Ministério da Saúde, em setembro de 2023, o programa de incremento financeiro para o Sistema Nacional de Transplantes (SNT) foi instituído com o objetivo de estimular o aumento da capacidade assistencial de transplantes e atender a demanda da população, unindo o volume da atividade à qualidade da assistência.

O SNT busca aprimorar todos os processos relacionados à doação e transplante, com atenção aos atendimentos mais apropriados, uso de novas tecnologias, investimentos necessários, capacitações de profissionais e esclarecimentos à população por meio de campanhas publicitárias em âmbito nacional. A ideia é conscientizar as pessoas sobre a importância da doação de órgãos e tecidos e estimular profissionais de saúde a participarem da ação.

A política prevê investimentos em programas de formação continuada para gestores e profissionais da saúde e da educação que contemplem a doação de órgãos. No âmbito educacional, será inserida uma semana de atividades no calendário escolar, em setembro, para a conscientização sobre o assunto.

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