Morte de indígenas

Maranhão ocupa o 4º lugar no ranking de assassinatos de lideranças indígenas

Os dados são de um levantamento feito pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi).

Imirante.com, com informações da TV Mirante

Ao longo dos anos, os povos indígenas lutam por direitos e por um reconhecimento maior da importância e contribuição para a sociedade.
Ao longo dos anos, os povos indígenas lutam por direitos e por um reconhecimento maior da importância e contribuição para a sociedade. (divulgação / redes sociais)

MARANHÃO - Um levantamento do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) mostra o Estado do Maranhão no 4° lugar no ranking de assassinatos de lideranças indígenas. Os conflitos de terra, que tem resultado na morte de indígenas, são causados por madeireiros e traficantes que tentam explorar os recursos naturais.

O ranking mostra que o Maranhão, com 10 assassinatos de lideranças indígenas, fica atrás do Amazonas (38 casos), Mato Grosso do Sul (35) e Roraima (32).

Ao longo dos anos, os povos indígenas lutam por direitos e por um reconhecimento maior da importância e contribuição para a sociedade. Esse tema foi debatido em um encontro realizado nesta semana em São Luís.

Segundo a professora Rosa, que faz parte da etnia Tremembé, indígenas da região da Raposa, na Região Metropolitana de São Luís, ainda existem muitos desafios pela frente, mas é importante reconhecer as conquistas que já foram alcançadas e que contribuem para fortalecer a identidade dessas comunidades.

"É importante esses espaços onde a gente pode expressar as lutas, que são demasiadas. Esse momento é importante pois nós estamos interagindo com o público que está fazendo universidade, que está tendo conhecimento acadêmico, mas que é importante também juntar esse conhecimento acadêmico com a vida, no caso, aqui, com os povos indígenas", conta a professora Rosa.

São conquistas ao longo de anos de luta, entre ela a maior representação política e participação nas decisões que afetam a vida deles. Cada vez mais, são eleitos líderes indígenas para cargos públicos, como Sônia Guajajara, Ministra dos Povos Originários do Governo Federal, e Lúcio Guajajara coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena do Maranhão (Desei). Pela primeira vez, indígenas nesses cargos.

Uma das conquistas mais significativas é a dos territórios ancestrais. A Constituição Brasileira reconhece a propriedade das terras tradicionalmente ocupadas pelos povos indígenas, o que foi uma grande vitória na luta pela demarcação desses territórios. Apesar das muitas ameaças e tentativas de invasão, as comunidades têm conseguido resistir e proteger suas terras.

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