Coletiva

Sete municípios do Maranhão têm casos suspeitos de varíola dos macacos

Dos nove casos suspeitos, oito são do sexo masculino e todos estão em isolamento domiciliar.

Neto Cordeiro / Imirante.com

Atualizada em 12/08/2022 às 11h46
Na manhã desta sexta-feira (12), foi realizada uma coletiva com o secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes, e a equipe de técnicos.
Na manhã desta sexta-feira (12), foi realizada uma coletiva com o secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes, e a equipe de técnicos. (Foto: Geisa de Almeida/Imirante)

SÃO LUÍS – O cenário da varíola dos macacos (Monkeypox) no Maranhão foi detalhado em uma coletiva, na manhã desta sexta-feira (12), com o secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes, e a equipe de técnicos.

Sete municípios maranhenses possuem casos suspeitos que continuam sendo investigados. Os pacientes são dos municípios de São Luís (2), Timon (2), Barão de Grajaú (1), Bela Vista do Maranhão (1), Buriticupu (1), Paraibano (1) e Tutóia (1). Todos estão em isolamento domiciliar e sendo acompanhados pelas secretarias de saúde municipais e pela estadual.

O perfil dos pacientes com suspeita de terem contraído a varíola dos macacos é o seguinte: pessoas da faixa etária entre 9 e 38 anos, sendo oito do sexo masculino e um do sexo feminino, que deram entrada tanto na rede pública quanto na privada, com sintomas como cefaleia, febre e erupções cutâneas. Além disso, dois casos têm histórico de viagens, sedo uma internacional.

Entenda

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmou, nessa quarta-feira (10), o primeiro caso positivo da varíola dos macacos (Monkeypox) no Maranhão. De acordo com a SES, o caso positivo confirmado é de um homem, de 42 anos, residente em São Luís, com comorbidades e sem histórico de viagem.

O paciente segue acompanhado pela equipe do Hospital Dr. Carlos Macieira e o seu quadro clínico permanece estável. Está sendo feito o rastreamento das pessoas com que o paciente confirmado com a doença teve contato. A transmissão foi classificada como comunitária, uma vez que ele não teve histórico de viagem.

O secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes, afirmou, nessa quinta, em entrevista ao Panorama na Rádio Mirante AM que nove casos suspeitos de varíola dos macacos estão sendo investigados no Maranhão.

Segundo o secretário, a análise do material coletado deverá demorar aproximadamente 10 dias para que seja confirmado ou descartado novos casos da doença no Estado.

Por que “varíola dos macacos” e como é transmitida?

Apesar de levar o nome de “varíola dos macacos”, a transmissão da doença não está relacionada aos primatas. O nome vem da descoberta inicial do vírus em macacos em um laboratório dinamarquês em 1958. As transmissões do surto atual, que atinge mais de 75 países, foram atribuídas à contaminação de pessoa para pessoa, com contato próximo.

Segundo informações do Ministério da Saúde, a principal forma transmissão da varíola dos macacos ocorre por contato direto pessoa a pessoa (pele, secreções) e exposição próxima e prolongada com gotículas e outras secreções respiratórias. Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infectantes, o que significa que o vírus pode ser transmitido por meio da saliva. A infecção também pode ocorrer no contato com objetos recentemente contaminados, como roupas, toalhas, roupas de cama, ou objetos como utensílios e pratos.

Sintomas

A varíola dos macacos é uma doença causada pela infecção com o vírus Monkeypox, que causa sintomas semelhantes aos da varíola. Ela começa com febre, dor de cabeça, dores musculares, exaustão e inchaço dos linfonodos.

Uma erupção geralmente se desenvolve de um a três dias após o início da febre, aparecendo pela primeira vez no rosto e se espalhando para outras partes do corpo, incluindo mãos e pés.

Em alguns casos, pode ser fatal, embora seja tipicamente mais suave do que a varíola. A doença é transmitida para pessoas por vários animais selvagens, como roedores e primatas, mas também pode ser transmitida entre pessoas após contato direto ou indireto.

Vacina

As primeiras doses da vacina contra a varíola dos macacos destinadas ao Brasil deverão chegar em setembro, informaram há pouco o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Daniel Pereira, e o secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Arnaldo Medeiros. Cerca de 20 mil doses desembarcarão no país em setembro; e 30 mil, em outubro.

Apenas profissionais de saúde que manipulam as amostras recolhidas de pacientes e pessoas que tiveram contato direto com doentes serão vacinados. O esquema de vacinação será feito em duas doses, com intervalo de 30 dias entre elas.

A aquisição será feita por meio de convênio com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) porque a empresa dinamarquesa produtora da vacina não-replicante não tem escritório no Brasil nem pretende abrir representação no país. “Existe um pedido da Opas para a aquisição de 100 mil doses de vacinas para as Américas. Dessas 100 mil doses, 50 mil serão adquiridas pelo Ministério da Saúde”, detalhou Medeiros.

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