SÃO LUÍS – Uma doença que afeta muitas pessoas e que possui diversas origens: assim é a gastrite, como é chamada a inflamação da mucosa gástrica. Os fatores que levam ao quadro são os mais diversos, e o tratamento requer dedicação dos pacientes.
Os sintomas são comuns a quase todas as pessoas afetadas pela gastrite, como explica a médica gastroenterologista Keila Matos. "Na verdade, a gastrite é um diagnóstico histológico, ou seja, teoricamente, é pela biópsia que a gente diagnostica a gastrite, mas, popularmente falando, a gastrite é aquilo que o paciente se queixa falando de má digestão, de dor no estômago, empachamento, enjoos e, principalmente, aquela sensação de ardor, de que está queimando o estômago", disse em entrevista ao Imirante.com – ouça na íntegra.
Eles, no entanto, podem ser confundidos com outras doenças. Por isso, é de fundamental importância que, ao menor sinal de algum desses sintomas, o paciente procure um médico. "Na verdade, engloba uma síndrome dispéptica. A dispepsia, que compõe esses sintomas – dor, queimação, má digestão, azia –, ela pode estar presente em outras patologias, como, por exemplo, a doença do refluxo, também as patologias relacionadas ao fígado e à vesícula", destaca a médica.
Fatores
São inúmeros os fatores que levam ao quadro de gastrite. "A gente pode relacionar a alimentação rica em condimentos; alimentação rica em frituras; alimentação fora de hora, onde o paciente fica muitas horas em jejum; refrigerantes; além disso, o uso de álcool abusivo; o uso de cigarro; o uso de medicamentos que diminuem as barreiras protetoras do estômago, que são, por exemplo, os analgésicos e anti-inflamatórios; e, o mais importante que eu diria, que são os fatores emocionais – o estresse e a ansiedade", afirma a especialista, que destaca que os dois últimos são os fatores que mais levam os pacientes aos consultório.
Questionada pela reportagem sobre o mito da pimenta, Keila Matos confirma a relação entre ela e a doença, e explica o motivo: "a pimenta é um condimento. É por si só um irritante da mucosa gástrica. Normalmente, a gente desaconselha o uso excessivo, porque, realmente, vai piorar os sintomas".
Tratamento
O tratamento é medicamentoso e de controle dos fatores que levam à gastrite – veja dicas de alimentação saudável no infográfico abaixo –, mas com a rotina agitada e a dificuldade de manter a alimentação saudável, é possível que haja reincidências.
Além disso, quem possui alguém na família com o quadro deve ter cuidado redobrado. "Tem um fator hereditário. Em famílias de quem tem gastrite, é mais provável que você vá ter gastrite, úlcera. Tem uma suscetibilidade genética, sim, mas eu diria que é mais adquirido", conclui a gastroenterologista.
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