Saúde

Parar de fumar depende da convicção do próprio usuário, esclarece pneumologista

Maurício Araya/Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h04

SÃO LUÍS – Nesta quinta-feira (29), é o "Dia Nacional de Combate ao Fumo". Criada em 1986, pela Lei Federal nº. 7.488, a data visa reforçar ações nacionais de sensibilização e mobilização da população para os danos causados pelo tabaco. No país, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) é o órgão do Ministério da Saúde que coordena o "Programa Nacional de Controle do Tabagismo" (PNCT).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que um terço da população mundial adulta – ou seja, cerca de 1,2 bilhão de pessoas – seja formado por fumantes, sendo 47% de toda a população masculina mundial e 12% da feminina fumam. Segundo os especialistas, grande parte dos fumantes, ainda, é formada por jovens, geralmente, entre 20 a 30 anos. Entretanto, na última década, a prevalência, segundo os médicos, tem se reduzido, de 35% para 20% em todo o país. No Maranhão, estima-se que a prevalência seja de 13%.

Segundo o Inca, a fumaça do cigarro contém mais de 4,7 mil substâncias tóxicas. O cigarro pode, ainda, causar diferentes tipos de câncer, doenças cardiovasculares e respiratórias, impotência sexual no homem, infertilidade na mulher, osteoporose e catarata e outros 50 tipos diferentes de doenças. De acordo com a pneumologista Rosário Ramos Costa, as mais comuns são as que atingem o pulmão. "Além dos cânceres, porque pode ser câncer de pulmão, câncer de bexiga, câncer de boca, câncer de esôfago, têm as doenças pulmonares. A principal doença é a doença pulmonar obstrutiva crônica, onde está englobada a bronquite crônica e o enfisema. Essa é umas principais doenças do pulmão e que leva o paciente a ter limitações na sua qualidade de vida", explicou em entrevista ao Imirante nesta quarta-feira (28) - ouça na íntegra.

A pneumologista esclarece que é necessário, pelo menos, 15 anos de fumo para o usuário começar a sentir as consequências do hábito, mas dependendo do número de carteiras de cigarro consumidas por dia, esse tempo pode ser reduzido. Por isso, é importante buscar, o quanto antes, o tratamento adequado para o vício. "A primeira coisa que precisa fazer é ter a convicção de que quer parar de fumar. Isso é importantíssimo. É a pessoa ter consciência de que quer parar de fumar. E, nós médicos, ajudamos com medicamentos, chicletes e adesivos para parar de fumar", conclui.

Outras informações sobre o combate ao tabagismo podem ser obtidas na página eletrônica do Inca na internet ou pelo Disque-Saúde (136).

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