Combustíveis

Especialista dá dicas de como economizar na hora de abastecer

Com a gasolina e diesel mais caros, mudanças de hábito podem ajudar motorista na tarefa.

Maurício Araya/Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h12

SÃO LUÍS – Anunciado, nesta semana, o aumento de 6,6% no preço da gasolina comum e de 5,4% no preço do óleo diesel nas refinarias da companhia em todo o país. O reajusta passou a valer a partir dessa quarta-feira (30). Segundo a Petrobras – principal distribuidora de combustíveis derivados de petróleo no Brasil –, para o aumento, foi feito levando em conta a política de preços da companhia, buscando alinhar os preços dos derivados aos praticados no mercado internacional.

O levantamento semanal mais recente divulgado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostra que o litro da gasolina custa, em média, R$ 2,809 para consumidores de São Luís. A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 26 de janeiro, em 35 postos. O diesel tem valor médio de R$ 2,114 – saiba mais. O alto valor dos combustíveis motivou um protesto dos motoristas na noite dessa quarta-feira, na capital maranhense. A manifestação ocorreu em um posto de gasolina localizado próximo a uma grande casa de eventos, no bairro Cohama. Os manifestantes abastecem os veículos com R$ 0,50 e todos pediram notas fiscais aos frentistas.

Mesmo com os combustíveis tão caros, é possível driblar a realidade e economizar um pouco mais. De acordo com o coordenador do mestrado de Energia e Ambiente da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Adeílton Pereira Maciel, algumas mudanças de hábito podem ajudar na tarefa. "O indicado é que você encha o tanque do carro e espere chegar próximo da reserva, e não ficar andando na reserva, principalmente, por questões de economia de combustível. Você não precisa estar voltando ao posto várias vezes para abastecer. Cada vez que você vai ao posto é um gasto a mais que você está fazendo", explicou em entrevista ao Imirante nesta quinta-feira (31).

Para quem possui veículo bicombustível, ou flex – como, também, são conhecidos –, há uma conta simples que pode ser feita antes de abastecer. "Os carros bicombustíveis são mais econômicos no sentido de que você pode escolher que tipo de combustível você pode utilizar. Uma conta simples que nós fazemos para determinar qual dos dois combustíveis pode ser utilizado – gasolina ou etanol –, é 70% do preço da gasolina com relação ao álcool. Ou seja, o álcool não pode passar de 70% do preço da gasolina, porque, se o valor passar desses 70%, significa que você vai pagar por um combustível mais caro. Isso se deve porque o álcool tem poder calorífico que equivale 70% da gasolina", diz.

Cuidados com a manutenção do veículo – que é determinada pelos fabricantes – e uso de marchas e rotações corretas podem influenciar na economia. Alterações nos veículos, como uso de pneus mais largos, podem aumentar o consumo de combustível. Já com relação ao uso do ar-condicionado, vale uma dica do especialista. "O sistema de ar condicionado é interessante. Quando você está com o carro em pleno funcionamento, a energia produzida pelo motor é uma só. Então, você não vai produzir mais, a não ser que você acelere mais. O que se faz é distribuir essa energia, ou seja, no momento em que você liga o ar-condicionado, significa que você está tirando energia produzida pelo motor. A variação no consumo não existe, é muito pequena, até porque o carro é projetado para isso. Ou seja, quando você desliga o ar-condicionado, você abre os vidros, mudando a aerodinâmica do carro e isso aumenta o consumo. Quando você acha que vai economizar, você acaba perdendo por outro caminho", finaliza.

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