Maranhão

Saúde é Vida alcançam R$ 500 milhões

Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h42

O secretário estadual da Saúde, Ricardo Murad, informou na manhã deste sábado (12) que os investimentos do Governo no Programa Saúde é Vida chegam a R$ 500 milhões, visando a reestruturação da rede de atenção à saúde do Maranhão. A afirmação foi feita durante visita à Unidade de Pronto Atendimento Itaqui-Bacanga e às obras das UPAs situadas na Cidade Operária, no Parque Vitória e no Vinhais. Murad foi acompanhado por técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e de jornalistas.

“Nem São Paulo investe em saúde hoje mais do que o Maranhão, em termos relativos. E as nossas ações não se resumem apenas à construção e equipamento de hospitais. Estamos falando de uma reformulação radical do sistema, com a mudança no padrão de atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde)”, complementou Ricardo Murad.

A comitiva contou ainda com a presença da deputada Valéria Macedo (PDT). Para a parlamentar, que há 15 anos milita na área da saúde pública, acompanhar o trabalho de vistoria desses hospitais foi uma oportunidade para conhecer melhor o sistema de saúde do estado, cujas melhorias será uma de suas bandeiras na Assembléia Legislativa. “Fui eleita e quero continuar trabalhando pela saúde do Maranhão, mas como toda a minha experiência se concentrou no sul, precisava me inteirar de outros centros. E a avaliação que faço é muito positiva. Os projetos desenvolvidos pelo secretário Ricardo Murad devem ser ampliados, mas com o devido financiamento por parte do governo federal”, disse a deputada.

Para Ricardo Murad, adequar o financiamento da atenção à saúde à realidade maranhense será um de seus mais importantes trabalhos a frente da SES nos próximos quatros anos. Neste contexto, o gestor estadual afirmou que a discussão com o Ministério da Saúde de um novo teto de financiamento SUS está na ordem do dia. Ainda segundo o secretário de Saúde, o Maranhão é o estado que menos recebe recurso do Governo Federal para colocar a saúde em funcionamento.

O secretário detalhou que o Estado está pleiteando no Ministério da Saúde novos tetos financeiros do SUS para o Estado. Está sendo proposto reajuste de 30% no mínimo do valor da per capta do Maranhão, o que vai aumentar o teto financeiro de todos os municípios nesse percentual; e recursos para o funcionamento das UPAs, na proporçāo de, no mínimo, 50% de participaçāo dos recursos federais. O governo pleiteia ainda aumento para o mínimo de 50% de recursos federais na rede própria de saúde do Estado em funcionamento e igual participaçāo no funcionamento das novas unidades.

Até o ano passado, dos cerca de R$ 300 milhões gastos na manutenção da rede em operação, apenas 22% eram repassados para o Estado pelo Ministério. “Por conta da falta de informações sobre a produtividade de sua rede, o Maranhão não consegue receber um financiamento adequado ao tamanho de sua rede, ficando atrás até do Piauí, que tem uma capacidade instalada menor que a nossa. Mas esta realidade já começou a mudar e a nossa intenção é buscar um financiamento de no mínimo 50%. Se chegarmos a R$ 150 milhões de repasse da União, já alcançaremos avanços significativos”, destacou.

Visitas a UPAs

Buscar a responsabilidade das três esferas de governo é o grande desafio destacado pelo secretário Ricardo Murad, durante a visita às UPAs. No Itaqui-Bacanga, o gestor falou da inversão de valores que existe no custeio e manutenção da rede. “Para esta UPA funcionar, gastamos aproximadamente R$ 1 milhão. Destes, o Ministério da Saúde nos repassa apenas R$ 200 mil e o Estado entra com os R$ 800 mil restantes. Isso não pode acontecer, deveria ser o contrário”, ressaltou.

Embora esteja realizando grandes investimentos na saúde do Maranhão, Ricardo Murad informou que cobrará dos Municípios maior empenho e gastos na melhoria dos indicadores de saúde, principalmente daqueles habilitados em Gestão Plena do Sistema. “Estamos falando de uma responsabilidade tripartite e o Estado não se furtará dessa responsabilidade, inclusive apoiando os municípios que enfrentam maior dificuldade. O que a gente espera é colocar em funcionamento uma grande rede de serviços integrada e eficaz, que atenda o usuário onde ele estiver”, assinalou o gestor estadual.

A UPA Itaqui-Bacanga oferece serviços de Raio X, laboratório para exames, aparelho de eletrocardiograma, eletroencefalograma e atendimento pediátrico. Nelas a população recebe assistência em casos de pressão alta, febre, cortes, queimaduras, alguns traumas, e os primeiros atendimentos para enfarte ou Acidente Vascular Cerebral (AVC), entre outras enfermidades. A comitiva da SES visitou todas as dependências da Unidade, que realiza 300 atendimentos, em média, por dia.

A diretora geral da UPA Itaqui-Bacanga, Eugênia Araújo, explicou ainda como é prestado o atendimento ao paciente, classificado de acordo com a gravidade de seu estado de saúde: verde (casos menos grave), amarelo (urgências) e vermelho (emergências). “Esta é uma UPA concebida para prestar um atendimento para cerca de três mil pessoas mês, mas já chegamos a realizar seis mil”, acrescentou o diretor médico, Luís Eduardo Dias.

O projeto UPA é uma iniciativa do Governo Federal, em parceria com o governo estadual. Também receberão UPAS os municípios de Coroatá, Codó, Imperatriz, Timon e São João dos Patos, cujas obras estão andamento.

“O que estamos vendo aqui na UPA Itaqui-Bacanga é um atendimento de qualidade, que será a marca desse governo. Aqui não ficamos atrás de nenhum serviço da rede privada. O que queremos agora é montar uma central de regulação eficaz para que a gente possa acompanhar o nosso paciente para a unidade que ele for, garantindo que o problema dele seja realmente resolvido”, frisou o secretário de Saúde.

A segunda parada da comitiva da saúde foi no prédio do PAM Cidade Operária, que está sendo todo reformado e ampliado para se transformar num moderno e resolutivo ambulatório de especialidades. No local, também está sendo construída uma UPA, com recursos exclusivos do Tesouro Estadual. Depois de verificar a planta da unidade, o secretário, que foi recebido pela diretora Kátia Lobão e equipe, visitou todas as instalações, constatando o avançado grau de conclusão das obras. A UPA obedece aos mesmos padrões técnicos e de qualidade dos demais projetos. Muitos populares também acompanharam a visita.

“Para começarmos a resolver o problema da saúde pública precisamos atacar em outras frentes. Um exemplo disso é o hospital de Presidente Dutra, onde 90% dos seus pacientes são pessoas envolvidas em acidentes de moto, que não usam capacete. Campanhas de conscientização de um trânsito mais seguro poderiam nos ajudar a reduzir esses índices”, considerou o secretário.

Em seguida, Ricardo Murad partiu para a UPA do Parque Vitória, cujo projeto de engenharia é igual ao utilizado no Itaqui-Bacanga. O prédio já está pronto e os equipamentos guardados, só esperando a definição da data de entrega. “Só vamos colocar em funcionamento estas UPAS quando sentarmos com o governo federal e definirmos o financiamento de cada uma delas. Mas a nossa expectativa é que isso não demore muito, uma vez que a presidente Dilma tem muito interesse de inaugurar essas unidades”, informou o secretário.

A visita foi encerrada no Centro de Saúde do Vinhais, que também está sendo transformado num centro de especialidades e funcionará anexo à UPA. “Esse projeto tem as mesmas características da Cidade Operária, inclusive os recursos da obra são todos estaduais. A UPA já está 90% concluída e trará grandes benefícios para a comunidade, que terá num mesmo lugar o serviço de estabilização em casos de urgências e ainda poderá ser encaminhado depois para atendimento nos nossos ambulatórios”, relatou o diretor geral Rodrigo Fernandes.

Com as informações da SES.

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