Crime

Ex-policial suspeito na morte do prefeito Bertim é assassinado a tiros

Silvio Pinheiro estava em campo de futebol quando foi surpreendido por dois homens em uma moto.

Imirante com as informações da Mirante AM

Atualizada em 27/03/2022 às 12h47

SÃO LUÍS - O ex-policial militar Silvio César de Jesus Pinheiro, 37 anos, foi assassinado a tiros ontem, domingo (17), no bairro do Coroadinho. Segundo informações de testemunhas, ele estava em um campo de futebol quando foi surpreendido, por volta das 14h, por dois homens em uma moto. Um deles disparou vários tiros contra o ex-policial, que morreu no local.

A polícia trabalha com a hipótese de queima de arquivo, pois a vítima estaria envolvida na morte do prefeito de Presidente Vargas, Raimundo Bartolomeu Aguiar, o Bertim. O crime aconteceu no dia 6 de março de 2007, por volta das 23h, na BR-222, entre os povoados Cigana e Leite, em Itapecuru-Mirim.

Silvio César foi citado no inquérito policial reaberto durante a gestão do secretário de Estado da Segurança, Raimundo Cutrim. O ex-policial, ainda, chegou a ser preso, mas foi liberado.

Silvio César morava na rua do Progresso, nº 15, no bairro do Coroadinho.

Entenda o caso

Antônio de Jesus Sousa Gomes, o Louro, também, acusado de participar do assassinato do prefeito Bertim, foi preso e liberado no dia 27 de abril deste ano, por determinação do juiz Rômulo Lago, da 2ª Vara da Comarca de Itapecuru-Mirim.

Durante depoimento à polícia, Louro narrou detalhes do crime. Disse que no dia do crime dirigia o Gol branco, com o cabo Paulo Sérgio. O ex-policial Sílvio Pinheiro, Flávio dos Santos Pereira e Carlos Eduardo seguiram o carro do então prefeito Raimundo Bartolomeu Aguiar desde o retorno do Tirirical até Entroncamento, que dá acesso a Itapecuru-Mirim.

Contou, ainda, que o prefeito estacionou o carro e desceu para fazer um lanche com Pedro Pote, tendo ele e os companheiros ficado à espera. Quando o prefeito seguiu viagem, foi novamente monitorado. Em determinado ponto, no povoado Leite, o bando acionou do carro os faróis e pediu ultrapassagem. Com os carros já emparelhados, segundo Louro, o cabo Paulo Sérgio dos Santos começou a disparar, tendo o carro do prefeito perdido o controle.

Louro declarou que o grupo desceu do carro e atirou novamente no prefeito, ferindo também o secretário. De acordo com o depoimento de Louro, o cabo Paulo Sérgio foi quem deu o tiro que matou Bertim. Comentou Louro que policial teria dito "fizemos os dois", referindo-se ao assassinato das vítimas. Após o crime, o Gol usado na execução foi deixado na Churrascaria Africanos.

Conforme o depoimento de Louro, a morte de Bertim teria custado R$ 50 mil, valor a ser dividido entre cinco pessoas. O homem identificado como Raimundo, segundo ele, que está foragido, seria o mandante do assassinato do prefeito. A motivação do crime seria uma dívida de Bertim com Raimundo.

Queima de Arquivo

Das pessoas envolvidas no crime, três já morreram. Carlos Eduardo e o ex-policial Flávio dos Santos Pereira foram executados e desovados, respectivamente, nas praias de Panaquatira e Boa Viagem. Uma terceira pessoa, André Inácio dos Santos Pereira, primo de Flávio Pereira, que não teria participado do crime, mas teria conhecimento da trama, ainda chegou a prestar depoimento, mas morreu atropelado. A última vítima é o ex-policial Silvio César de Jesus Pinheiro. Ele foi assassinado, ontem, (17), no bairro do Coroadinho.

Denunciados

Na época do crime, foram denunciados pelo Ministério Público, por meio do promotor Benedito Coroba, como envolvidos no assassinato, os policiais militares José Evangelista Duarte Santos, Raimundo Nonato Gomes Salgado e Benedito Manoel Martins Serrão.

Pedro Pote, que sobreviveu, reconheceu os militares José Evangelista e Manoel Serrão como executores.

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