SÃO LUÍS - João Bispo Serejo é o substituto de Carlos James Moreira da Silva, na Secretaria-Adjunta de Administração Penitenciária. A informação é da Assessoria da Secretaria de Estado de Segurança Pública.
Carlos James foi exonerado do cargo pelo governo do Estado após denúncias feitas pelo traficante Aurélio Paixão, o Matosão, assassinado ao conceder uma entrevista em um programa de televisão local. Ele deixará de ganhar o salário de R$ 6 mil.
A Assessoria informa que a exoneração é uma medida preventiva para que as investigações, sobre as denúncias de assassinatos dentro do Sistema Penitenciário do Maranhão, possam ser feitas com total isenção, sem a possibilidade de nenhum tipo de interferência.
A Corregedoria Geral de Justiça e a Polícia Civil estão com inquéritos abertos para averiguar fatos como assassinatos de presos ocorridos no Sistema Penitenciário do Estado.
Uma outra informação da Assessoria é de que se for comprovada a inocência de Carlos James Moreira voltará ao cargo. A secretária tem 30 dias para concluir o inquérito policial e a sindicância contra o ex-secretário.
A produção da TV Mirante tentou falar com Carlos James Moreira, mas ele não atendeu as ligações.
O substituto dele, José Bispo Serejo ocupava o cargo de Superintendente de Estabelecimento Penitenciário.
Saiba o caso
O ex-secretário-adjunto de Administração Penitenciária do Maranhão, Carlos James Moreira foi denunciado de suposta participação na tortura e morte de presos no Estado e na distribuição de drogas nos presídios.
As denúncias foram feitas pelo Marco Aurélio Paixão, o Matosão, que foi morto a tiros em casa na última quarta-feira (21), uma semana após conseguir liberdade condicional.
Matosão, como é conhecido, tornou públicas as denúncias sobre o envolvimento de autoridades em crimes no sistema penitenciário do Maranhão no início de julho, num programa de televisão local.
Depois que o programa foi ao ar, segundo a Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, Matosão passou a ser ameaçado por colegas de presídio e foi jurado de morte.
Na tentativa de evitar que Matosão fosse morto, já que ele contribuía para investigações do Ministério Público sobre o caso, a organização negociou sua liberdade condicional. O objetivo era que ele pudesse receber proteção da polícia.
Segundo a Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, Matosão ingressaria no programa de proteção à testemunha no mesmo dia em que foi morto, no último dia 21, em sua casa (quitinete), na Vila Ivar Saldanha. O crime teria sido cometido por dois homens que estavam em uma moto.
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