SÃO LUÍS - Aumentou o número de desabrigados pela cheia do rio Mearim nas cidades de Trizidela do Vale e Pedreiras. Conforme levantamento prévio feito pela Defesa Civil Estadual, na manhã de ontem, somente em Pedreiras 16 famílias já foram obrigadas a sair de suas casas. Ao todo, no município, já são 80 desabrigados e pelo menos 100 atingidas.
Na cidade de Trizidela do Vale, o levantamento ainda estava sendo realizado até o horário do fechamento desta edição. Entretanto, conforme informações extra-oficiais de moradores do município, há estimativa é de que pelo menos 30 famílias estão desabrigadas, atingindo pelo menos 150 pessoas. No ano passado, 80% da cidade de Trizidela do Vale ficou embaixo d’água. Dos seus 18 mil moradores, pelo menos 15 mil foram obrigados a deixar suas residências.
Ontem, o coordenador executivo da Defesa Civil Estadual, coronel Robério dos Santos, fez uma visita às duas cidades para ter conhecimento da situação de risco no local. Ele classificou a enchente do rio Mearim, que atinge as duas cidades, como preocupante. “Precisamos adotar logo um plano de ação porque a tendência é que o rio encha ainda mais”, declarou Robério dos Santos. Segundo informações de moradores, o rio Mearim já está aproximadamente 3 metros acima do normal.
Deslizamento
Nesse primeiro momento, conforme o coronel Robério dos Santos, a preocupação da Defesa Civil Estadual é com as pessoas que moram em áreas consideradas de risco, principalmente de deslizamento. Também existe a preocupação de garantir abrigos aos desabrigados. “Esse levantamento nos dará um diagnóstico preciso da situação”, disse.
Pela cheia do rio Mearim, as ruas mais próximas tanto de Trizidela do Vale quanto de Pedreiras já estão completamente alagadas e o acesso a essas regiões, que incluem bairros como São Joaquim, Sanganhão e Tapiaca, começa a ocorrer apenas por meio de canoas, que se transformam, aos poucos, no principal meio de transporte da região.
A cheia do Mearim também já foi suficiente para suspender as aulas em algumas escolas de Trizidela do Vale, como na Unidade de Ensino Naíse Trindade, que está servindo de abrigo para pessoas que já deixaram suas residências. “A nossa preocupação é que este ano, ao contrário do ano passado, o rio encheu já em abril. Esperamos que não ocorra uma tragédia na mesma proporção que em 2009”, assinalou a enfermeira Ediuene Costa Souza, ex-secretária de Saúde de Trizidela do Vale.
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