SÃO LUÍS - As obras da Aciaria Gusa Nordeste, que está sendo construída no município de Açailândia, no sul do Maranhão, seguem aceleradas e a previsão é de que estejam concluídas no fim de março do próximo ano. Atualmente, as obras empregam diretamente mais de 500 pessoas, das quais 95% são maranhenses.
Nos próximos 11 meses, os picos de empregos a serem criados pelo empreendimento serão em agosto e setembro, quando empregará 1,3 mil e 1 mil trabalhadores, respectivamente.
A implantação do empreendimento também está movimentando a economia local. A aciaria já tem os serviços de cerca de 20 empresas locais prestadoras de serviço, entre elas a Construtora Sagitário e Molifer.
“Além de praticamente a totalidade dos trabalhadores ser de maranhenses, quase 100% deles são pessoas do próprio município de Açailândia e proximidades, que recuperaram os empregos perdidos durante a crise econômica mundial que atingiu o setor siderúrgico de ferro-gusa. Isso demonstra apenas uma parte da importância desse projeto para essa região, que sempre teve destaque no estado como o 2º maior PIB estadual, e 2ª maior arrecadação de ICMS”, destacou o presidente do Sindicato das Indústrias de Ferro-Gusa do Estado do Maranhão (Sifema), Cláudio Azevedo.
Para o diretor da Aciaria Gusa Nordeste, Ricardo Carvalho, a visita da comitiva da governadora Roseana Sarney, realizada há duas semanas às obras da aciaria, confirmou a aprovação do projeto pelo governo estadual. “Sentimos orgulho em receber a governadora, principalmente porque vimos o interesse do governo com o desenvolvimento socioeconômico do estado”, disse o diretor.
Carvalho assinalou como ponto mais positivo da visita a renovação do compromisso do governo estadual em apresentar uma solução para o grande problema que a aciaria enfrenta para a viabilidade de sua operação: o abastecimento de energia elétrica para o empreendimento. Com uma capacidade de produção na primeira etapa de até 600 mil toneladas de tarugos de aço, a aciaria demandará o consumo de 90 MWh de energia elétrica.
Siderúrgicas
A implantação da Aciaria Gusa Nordeste tem sido acompanhada com muita expectativa pelo setor de ferro-gusa maranhense, que tem enfrentado, desde o segundo semestre de 2008, os efeitos da crise econômica mundial, que afetou profundamente seu principal mercado consumidor, os Estados Unidos.
Para Ricardo Carvalho, a instalação da aciaria - além dos benefícios sociais de geração de emprego e renda para a população de Açailândia e de pólos produtores de carvão vegetal, como Grajaú e Barra do Corda - fortalecerá a indústria de ferro-gusa maranhense, diminuindo sua dependência do mercado externo. “Além disso, o nosso ferrogusa terá um valor agregado no mercado, após o beneficiamento em aço”, acrescentou o diretor da Aciaria Gusa Nordeste.
Outro destaque da futura relação comercial entre a aciaria e as siderúrgicas de ferro-gusa é a produção do chamado “aço verde”, conseqüência do investimento ambiental realizado pelo pólo siderúrgico maranhense em reflorestamento de áreas degradadas com eucalipto para produção sustentável de carvão vegetal.
O presidente do Sifema, Cláudio Azevedo, ressaltou que as siderúrgicas maranhenses investiram no reflorestamento de áreas de pastagens degradadas com florestas produtivas - à base de eucaliptos - e em tecnologias para tornar o processo mais eficiente e garantir o controle de suas emissões de gases na atmosfera.
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