Saúde

Maranhão tem 2º menor índice de casos de dengue

Nas seis primeiras semanas de 2010, foram registrados apenas 23 casos de dengue.

Imirante, com informações do Ministério da Saúde

Atualizada em 27/03/2022 às 12h59

SÃO LUÍS - O Maranhão tem a segunda menor incidência de casos de dengue nas seis primeiras semanas de 2010. De acordo com dados do balanço parcial do Ministério da Saúde, o Estado registrou apenas 23 casos, ou seja, incidência de 0,4 casos por 100 mil habitantes. Santa Catarina, que também tem índice de 0,4 casos, registrou 26 casos de dengue em 2010. O Rio Grande do Sul, contudo, foi que teve o menor índice por 100 mil habitantes, 0,3, com o registro de 28 casos.

Estados vizinhos, como o Piauí e o Pará, registraram 214 e 522 casos de dengue, respectivamente, ficando com índices de 6,8 e 7 casos por 100 mil habitantes.

Os cinco Estados brasileiros que concentraram a maior incidência de dengue nessas seis primeiras semanas de 2010 são do Norte e do Centro-Oeste. São eles: Rondônia, Mato Grosso do Sul, Acre, Mato Grosso e Goiás. Os índices vão de 423,2 a 891,7 casos por 100 mil habitantes.

O Ministério da Saúde considera três níveis de incidência de dengue: baixa (até 100 casos por 100 mil habitantes), média (de 101 a 300 casos) e alta (acima de 300).

Em números absolutos, esses cinco Estados registraram 77.117 notificações da doença, o equivalente a 71% dos 108.640 registros em todo o país entre 1º de janeiro e 13 de fevereiro. Mais de um terço (34%) das notificações concentrou-se em cinco municípios: Campo Grande-MS (12.712 casos), Goiânia-GO (12.316), Aparecida de Goiânia-GO (3.280), Rio Branco-AC (5.056) e Porto Velho-RO (3.412). No mesmo intervalo de 2009, foram 51.873 casos no Brasil.

O balanço parcial sobre os casos de dengue do Ministério da Saúde mostra ainda uma diminuição nas mortes por dengue no país. Nas seis primeiras semanas de 2010, foram confirmadas 21 mortes, contra 31 no igual período de 2009. O número de óbitos pode sofrer alterações, uma vez que todas as mortes por suspeita de dengue são submetidas a investigação laboratorial.

Alerta

O aumento de casos neste início de ano pode estar relacionado ao forte calor e aos altos volumes de chuvas em diversas regiões do país. Outro fator que vem contribuindo para o crescimento das notificações é a circulação do sorotipo viral DEN-1, o que motivou o Ministério da Saúde a alertar todas as unidades da federação, pois esse sorotipo, que circulou com maior intensidade na década de 90, voltou a predominar em alguns estados no final de 2009.

No Brasil, circulam os sorotipos DEN-1, DEN-2 e DEN-3. O sorotipo DEN-4 não tem registro de circulação no país até o momento. Embora os sintomas da doença sejam iguais para os três tipos de vírus, a circulação ocorre de forma heterogênea nos estados. Quando um indivíduo contrai a doença por um sorotipo, fica imunizado apenas contra ele. Posteriormente, pode ser novamente infectado por outro sorotipo. E, quando o paciente contrai a doença mais de uma vez, aumenta o risco de desenvolver formas graves de dengue.

"Há um contingente muito grande de pessoas que não estão imunizadas contra o sorotipo DEN-1, em especial crianças e adolescentes", ressalta o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue, Giovanini Coelho. "Ainda é cedo para avaliar, mas entre os fatores que podem influenciar o prognóstico estão o período de maior transmissão da doença no Nordeste, que começa em março, e também o sorotipo viral que circulará predominantemente na região."

Ações de combate a dengue

Diante da situação, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, encaminhou um alerta aos governadores de todos os estados nordestinos e prefeitos das capitais. Ele recomenda a intensificação das ações para eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti e a articulação com outros setores que podem ajudar no controle da doença, como limpeza urbana, saneamento e meio ambiente.

O ministro também voltou a reforçar a necessidade de aplicação dos planos de contingência locais de acordo com as Diretrizes Nacionais de Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue, lançadas em julho de 2009 pelo Ministério da Saúde e Conselhos Nacionais de Secretários Estaduais (Conass) e Municipais (Conasems) de Saúde. Campanhas de comunicação e mobilização também precisam ser intensificadas pelos estados e municípios, para que a população realize as medidas de prevenção dentro dos domicílios

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